Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS ATENDIDOS NO PRONTO SOCORRO
Autores
ANA PAULA SANTOS DE JESUS (Relator)
FRANCIELLY CESCO MARCON
CASSIA REGINA VANCINI CAMPANHARO
MEIRY FERNANDA PINTO OKUNO
MARIA CAROLINA BARBOSA TEIXEIRA
RUTH ESTER ASSAYAG BATISTA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A neoplasia é uma das causas de morte mais frequente no Brasil, superadas apenas pelas doenças cardiovasculares. As complicações ou a descompensação da doença oncológica fazem com que estes pacientes procurem o Pronto Socorro (PS). Objetivo: identificar as categorias de classificação de risco (CR) na qual os pacientes oncológicos foram alocados, a queixa principal, e comparar o desfecho dos pacientes oncológicos com a CR. Método: estudo transversal, prospectivo, com abordagem quantitativa, realizado no PS de um hospital público de São Paulo. A amostra por conveniência foi composta por 114 pacientes com diagnóstico atual de neoplasia maligna confirmada por biópsia e atendidos na CR durante o período da coleta de dados. Os dados foram obtidos de prontuários e entrevista com o paciente, familiar ou responsável, e submetido à análise estatística descritiva e inferencial. Para as variáveis contínuas calculou-se média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo. Para as variáveis categóricas calculou-se frequência e percentual. Para associar o desfecho dos pacientes com a CR foi utilizado a Análise de variância (ANOVA). O nível de significância considerado foi 5% (p-valor < 0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o parecer nº 197.411/13. Resultados: Do total de pacientes (n=114), 33,0% foram classificados na cor laranja de prioridade para o atendimento, 27,2% amarela, 14,0% vermelha, 14,0% verde, e os pacientes que não foram classificados (11,4%) foram aqueles que admitidos no serviço por meio do atendimento pré-hospitalar. A queixa álgica foi a principal (54,4%) seguido de dispneia (32,5%), febre (24,6%), e hiporexia, inapetência, perda de peso com prevalência de 24,6%. A média do tempo de internação no PS foi de 7,12 (6,24). Quando comparado os desfechos com as categorias de CR constatou-se que pacientes classificados nas cores amarela e verde apresentaram maior percentual de alta, 74,2% (p=0,0144) e 75% respectivamente. Em contraposição, pacientes classificados nas cores laranja (31,6%) e vermelho (43,8%) apresentaram maior percentual de óbito. Conclusão: a categoria de classificação de risco mais prevalente foi a de cor laranja seguida da amarela evidenciando um elevado percentual de atendimentos muito urgentes e urgentes, demonstrando a gravidade dos pacientes oncológicos. Quanto maior a gravidade segundo a classificação de risco maior o percentual de óbitos.