Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título COMPORTAMENTOS DE AUTOCUIDADO EM DOENTES CRÔNICOS ATENDIDOS NO PROGRAMA VIVENDO COM ESTILO E SAÚDE
Autores
MARIA MEIMEI BREVIDELLI (Relator)
RAQUEL MACHADO CAVACA COUTINHO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Mundialmente a hipertensão e o diabetes destacam-se pela crescente incidência, prevalência e mortalidade associada. Por serem doenças crônicas, o tratamento não busca a cura, mas o controle por meio do manejo complexo de atividades da vida diária. Isso implica adotar comportamentos saudáveis (alimentação saudável, prática de exercícios físicos etc), o que indicaria autocuidado com a doença crônica. Objetivo: Avaliar a adesão a comportamentos de autocuidado em indivíduos com a doença crônica. Metodologia: Estudo transversal com 115 prontuários de indivíduos diabéticos e/ou hipertensos, participantes do programa de saúde Vivendo com Estilo e Saúde. Os comportamentos de autocuidado foram obtidos com a versão brasileira do The Summary of Diabetes Self-Care Activities. Também foram investigados cuidados com a hipertensão e frequência de realização de exames e procedimentos recomendados a doentes crônicos. Foram calculados médias e desvio padrão dos dias de realização das atividades de autocuidado. Comportamentos com média≥5,0 foram considerados de autocuidado satisfatório. Resultados: A amostra era predominantemente feminina (56,5%) com idade média próxima aos 60 anos, e usuários do sistema público de saúde (65,2%). Somente os comportamentos uso correto da medicação do diabetes e/ou hipertensão e secar entre os dedos dos pés foram consideradas de autocuidado satisfatório. O consumo recomendado de frutas e vegetais foi em média menor que 1,5 dias por semana. A prática de atividade física e/ou exercício foi o comportamento menos aderente (menos de 1 dia/semana). Além disso, observou-se alterações na pressão arterial e alta prevalência de sobrepeso, obesidade e circunferência abdominal elevada. Conclusão: A adesão aos comportamentos de autocuidado com a doença crônica foi considerada insatisfatória. Parâmetros clínicos alterados e falta de informações relevantes para o controle da doença indicaram que o acompanhamento clínico dos indivíduos não estava adequado. Uma vez que os participantes eram predominantemente usuários do sistema público de saúde, sugere-se melhor controle da efetividade das ações desses serviços.