Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título A DANÇA NO PARTO HUMANIZADO: A VIVÊNCIA DE UMA ENFERMEIRA OBSTETRA EM UM CENTRO DE PARTO NORMAL
Autores
ROSEMILDA FRANCISCO PEREIRA DOS SANTOS (Relator)
DAMIANA GUEDES DA SILVA
SILVIA RODRIGUES TOLOMEOTTI
KELLY CRISTINA VIEIRA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: Promover o conforto e a satisfação da mulher no parto estão entre as tarefas mais importantes dos provedores de cuidados. O uso adequado de tecnologias na assistência ao parto e nascimento e emprego de práticas não medicamentosas de alívio à dor do parto, são recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde. Entre as tecnologias utilizadas está a postura vertical e a movimentação que podem diminuir a dor materna, facilitar a circulação materno-fetal e a descida do feto na pelve materna, melhorando as contrações uterinas e diminuindo o trauma perineal, motivo pelo qual a influência das mudanças de posição materna no parto vem sendo um tópico de interesse há muitas décadas nas pesquisas. OBJETIVO: Relatar a vivência de uma Enfermeira Obstetra no trabalho de parto com a implementação da dança no parto humanizado. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido em um Centro de Parto Normal da cidade de Ariquemes-RO, realizado por uma equipe multidisciplinar e uma gestante em trabalho de parto, sendo proposta a dança como forma de amenizar a dor e promover o conforto. RESULTADOS: Durante a implementação da sistematização da assistência de enfermagem no trabalho de parto, dentre as assistências previstas, foi realizado a proposição da dança para a gestante que durou aproximadamente 20 minutos acompanhada da equipe, que transcorreram sem qualquer desconforto para a gestante. A inserção desta prática deixou a gestante calma, descontraída, o que fez com que o parto transcorre-se com boa evolução sem necessidade de nenhuma intervenção, sendo perceptível a satisfação e melhor desempenho no ato de parir. Os resultados obtidos superaram as expectativas, visto que a dança proporcionou um novo olhar da equipe, possibilitando conhecer suas atribuições, fortalecendo a enfermagem obstétrica regional e reconhecendo a enfermeira obstetra como profissional significativo no cenário do parto. Esta prática assistencial repercutiu positivamente entre as gestantes atendidas e/ou vinculadas ao Centro de Parto Normal, que vem demonstrando um maior conhecimento sobre a sua autonomia da escolha do tipo de parto. CONCLUSÃO: Conclui-se que as enfermeiras obstétricas vem utilizando uma abordagem humanizada, buscando novas estratégias e tecnologias da assistência, empoderada por acreditarem estar contribuindo para o resgate de opção de um parto mais fisiológico e não farmacológico, menos traumático para a tríade mulher-bebê-família.