Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título COMPORTAMENTOS E NÍVEL DE CONHECIMENTO EM SEXUALIDADE DE HOMENS QUILOMBOLAS DO MARANHÃO
Autores
DANIEL ASER VELOSO COSTA (Relator)
FÁBIO FERREIRA CORREIA
FELIPE ALBERTH FERREIRA DE SOUSA
IOLANDA MARGARETE DE ARAÚJO RÊGO
LUNA OLINDA FERREIRA DE SOUSA
SILVIO GOMES MONTEIRO
TATIANA ELENICE CORDEIRO SOARES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Na atualidade, vários fatores influenciam para a disseminação das infecções sexualmente transmissíveis (IST), a atividade sexual se inicia de forma mais precoce na faixa etária de 11 a 15 anos e, ainda mais, muitos não possuem conhecimentos suficientes sobre o assunto. Diante desse contexto, as comunidades remanescentes de quilombos são muito vulneráveis, atrelados a fatores socioculturais. Objetivos: Esta pesquisa visa relatar os comportamentos sexuais de risco às IST, bem como analisar o nível de conhecimento sobre alguns aspectos da saúde sexual dos homens adultos de duas comunidades quilombolas no Estado do Maranhão. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal, descritivo-analítico de homens maiores de 18 anos, pertencentes a 2 comunidades remanescentes de quilombos do estado do Maranhão. O instrumento utilizado foi uma entrevista com questões fechadas e abertas com a finalidade de conhecer o comportamento sexual e o nível de conhecimento sobre as IST. A coleta dos dados foi realizada de agosto a dezembro de 2017.Resultados: De acordo com os dados colhidos, o maior índice de coitarca (41,2%), aconteceu entre as faixas etárias de 13-15 anos, sendo considerado um início de atividade sexual durante a adolescência. 15,7% da população apresenta o início da atividade sexual entre 10 e 12 anos de idade. Todos os entrevistados, nas duas comunidades alegam ter relações sexuais heterossexuais e a maioria alega possuir parceiras fixas 58,8%. Para a utilização de preservativos, 82.3% dos homens dizem utilizar durante as práticas sexuais e 17,7% não utiliza. Dos indivíduos que utilizam, foi analisado que 15,7% utiliza raramente e 29,4% ocasionalmente. 37,2% diz utilizar sempre. Sobre a pergunta “já ouviu falar de IST”, a maioria (92,2%), relata o desconhecimento (não). A maioria dos entrevistados (52,9%) responderam que não possuem “risco de pegar IST” e 5,9% não sabem. 41,2% acha que possui risco.Conclusão: Diante da vulnerabilidade existente, é preciso encontrar soluções e estratégias para melhorar as ações voltadas para essa clientela, questionando os fatores socioeconômicos existentes bem as medidas preventivas relacionadas ao seu dia a dia, contribuindo com a redução das doenças sexualmente transmissíveis nessas comunidades e no estado do Maranhão.