Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título O ACESSO À SAÚDE PELA POPULAÇÃO INDÍGENA RESIDENTE EM UM MUNICÍPIO METROPOLITANO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
LUANA DUARTE RODRIGUES (Relator)
ROSANE DE OLIVEIRA DAS NEVES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A Atenção Básica (AB), enquanto um dos eixos estruturantes do Sistema Único de Saúde (SUS) vive um momento especial ao ser assumida como uma das prioridades do Ministério da Saúde. Entre os seus desafios atuais, destacam-se aqueles relativos ao acesso e ao acolhimento, à efetividade e à resolutividade das suas práticas. Em abril de 2013, a Prefeitura do Município de Maricá-RJ, em articulação com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), acolheu a população indígena da tribo Tekoa Ka’aguy Hovy Porã e, em outubro de 2013, um outro grupo indígena Pevae Porá Tekoa Hovy Ara Hovy Py. Com a chegada desta população indígena, surgiram novas demandas de Saúde à Atenção Básica do Município. Objetivo: relatar a experiência de profissionais da equipe da Atenção Básica à população indígena residente no Município de Maricá-RJ. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência ocorrida nos anos 2013 a 2018, no Município de Maricá, região Metropolitana II, do Estado do Rio de Janeiro (RJ). Resultados e conclusão: A assistência da equipe de Atenção Básica na Aldeia tem apresentado-se resolutiva, evitando o deslocamento desnecessário dos indígenas pela Cidade, que muitas vezes coloca em risco o usuário-índio e seus familiares. Quando há necessidade de realização de exames laboratoriais, o laboratório é contactado para realizar a coleta na própria Aldeia. A equipe de Saúde Indígena também é responsável por avaliar a situação vacinal da população indígena, em parceria com o Programa de Imunização Municipal. A população indígena residente no Município conta também com consulta odontológica semanal na própria aldeia, garantindo o acesso à Saúde Bucal. Além disso, esta população conta com consultas de pré-natal, puericultura, puerpério, coleta de exames citopatológicos e consultas médicas e de Enfermagem a todos os ciclos da vida. O acesso aos serviços de saúde depende de uma Rede de Atenção à Saúde (RAS) organizada e integrada. O compromisso da gestão local e da equipe de trabalhadores da Saúde Indígena com a resolubilidade dos problemas de saúde do usuário-índio, sendo com os recursos disponíveis na própria Aldeia ou através da Coordenação do Cuidado com encaminhamentos seguros para o lugar onde ele possa ter seu problema resolvido, tem sido primordial para garantir o acesso da população indígena aos serviços de saúde da Atenção Primária.