Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título A SAÚDE DOS HOMENS PRIVADOS DE LIBERDADE NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Autores
MICHELE LOPES DINIZ (Relator)
MICHELI CRISTO
ELAINE MIGUEL DELVIVO FARÃO
AIRES GARCIA DOS SANTOS JÚNIOR
SUELI SANTIAGO BALDAN
RAFAELA AZEVEDO ABRANTES DE OLIVEIRA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de país com maior população carcerária, onde há um predomínio da faixa etária jovem, o que já suscita uma problemática acerca da diminuição da mão de obra do país e exclusão social desse grupo. Uma vez preso, o homem está susceptível a desenvolver diversas patologias, principalmente as transmissíveis, como tuberculose, HIV e hepatites, e se confronta com um serviço de saúde precário, inseguro, que exerce cuidado de saúde mínimo. Portanto, esse estudo teve como questão norteadora: o que as evidências científicas relatam sobre a saúde dos homens que estão privados de liberdade no sistema prisional do Brasil? Objetivo: analisar as produções científicas a respeito do cuidado em saúde dos homens no contexto prisional Método: revisão integrativa da literatura seguindo seis etapas: Identificação do tema e seleção da questão da pesquisa; Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos (seleção de amostra); Definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; Interpretação dos resultados e Apresentação da revisão. As buscas foram realizadas em uma base de dados – LILACS, e no portal de periódicos online - SCIELO, usando descritores e palavras chave, separadas por operadores boleanos. Foram aceitos estudos dos últimos dez anos, em português e que estivessem na íntegra. A abordagem descritiva foi escolhida para análise e exposição dos resultados. Resultados: A busca resultou em 542 artigos de ambas as bases. Após análise dos critérios de inclusão e exclusão, oito estudos foram incluídos. Informações sobre os estudos foram dispostos em quadros. E quatro categorias temáticas foram elaboradas: 1- O cuidado de enfermagem no sistema penal; 2- A percepção dos agentes de segurança sobre a saúde na prisão; 3- Estrutura, organização e funcionamento do sistema carcerário; 4- A percepção dos homens privados de liberdade acerca dos cuidados de saúde no cárcere. Elas permitiram aprofundar em cada temática e conduziram a discussão. Conclusão: Esse estudo concluiu que não se é colocado em prática o que de fato é defendido nas políticas públicas de saúde do Brasil, pelo contrário, o que os profissionais e agentes de segurança fazem é um simples assistencialismo, sem humanização, e sem medidas preventivas de saúde.