Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS EM PORTADORAS DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Autores
LUANA DE CERQUEIRA FERREIRA (Relator)
CLIRIS CASSYA DO NASCIMENTO SILVA
MARTA DOS SANTOS GOÇALVEZ
CARLA ADRIANA DA SILVA GOUVEIA
RAÍSSA FERNANDA EVANGELISTA PIRES DOS SANTOS
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
Gestantes portadoras de Doença Renal Crônica (DRC) em tratamento dialítico apresentam risco de desenvolvimento de complicações materno-fetais, que representam um desafio para manter um ambiente intrauterino favorável. O objetivo desse estudo é descrever o que se tem produzido na literatura científica sobre as complicações obstétricas em portadoras de DRC. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, nas bases de dados: BDENF/LILACS e SCIELO, com os critérios de inclusão: idioma português, na íntegra, publicados entre 2007-2015. As complicações maternas incluem: a pré-eclâmpsia e eclâmpsia, anemia e aumento dos índices de cesariana; e as fetais: Crescimento Intrauterino Restrito, prematuridade, baixo índice de Apgar, descolamento da placenta e óbito.. A Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica agrava-se e a proteinúria surge ou piora após a 20ª semana de gravidez. Dependendo da idade gestacional, gravidade, bem-estar fetal e complicações, a interrupção da gravidez está indicada. A corticoterapia, hospitalização, terapia anticonvulsivante e anti-hipertensiva são condutas enquanto não é recomendável interromper a gravidez. A anemia é atribuída a um déficit de eritropoietina que se agrava com a deficiência de ferro, sua correção aumenta o sucesso da gravidez e reduz a hipoxemia fetal. O aumento da frequência de diálise diminui os níveis de ureia, reduzindo o polidrâmnio e o prematuridade. O processo de enfermagem constitui ferramenta essencial para orientar a realização do tratamento hemodialítico, pois fornece critérios mensuráveis para a avaliação da assistência prestada. Conclui-se que embora a gravidez nas mulheres portadoras de DRC em programa de diálise seja rara, é possível. A porcentagem de fetos nascidos desse grupo aumentou nas últimas décadas devido a melhora na qualidade da terapia renal substutiva e da assistência ao pré-natal. Os enfermeiros devem estar aptos e capacitados para identificar as necessidades biopsicossociais destas gestantes, utilizando estratégias para a melhoria da qualidade de vida. ZIMMERMMANN, J. B. et al. Nefropatia e gravidez: Relato de caso. Rev Fac Ciên Méd Sorocaba, v.15,n.1,2013. ALVES, M.A.R. GORDAN, P.A. Diagnóstico de anemia em pacientes portadores de doença renal crônica. J Bras Nefrol, v.36,p9-12,2014. SANTOS, S.S.B. et. al. Relato de caso: gravidez bem-sucedida em paciente renal crônica hemodialítica. Rev Hosp Univer Getúlio Vargas, v.11, n.2,p49-52,2012.