Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE PARA POPULAÇÃO LGBT: ENTRAVES EXISTENTES
Autores
HELLEN APARECIDA SILVA PONTE (Relator)
ALYNNE MENDONÇA SARAIVA NAGASHIMA
ANTONIO BELMIRO PEIXOTO JUNIOR
JARDELY KAROLINY DOS SANTOS SILVA
VANESSA BEZERRA DA COSTA VIEIRA
JAYSA SOARES DOS SANTOS
Modalidade Pôster
Área Trabalho, Ética e Legislação profissional
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: As questões relacionadas à sexualidade e gênero fazem parte da subjetividade de cada pessoa e por isso denotam amplas possibilidades. Quando se relaciona diferentes abordagens de gênero e saúde, é valido lembrar que apenas na transição do século XX para o XXI surgiram movimentos e ações reivindicatórias no Brasil, amparadas pelos discursos e argumentos dos direitos humanos. Passou-se então, a considerar as necessidades específicas e a se pensar em política de saúde voltadas a esse público. OBJETIVO: Levantar os entraves existentes na implementação de políticas publicas para a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), descritas na literatura. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura, realizada em julho de 2017, nas bases de dados BDENF e LILACS, utilizando-se os descritores ‘LGBT’, ‘Políticas Públicas’, e ‘Saúde’ cruzados com operador booleano AND. Foram incluídos estudos teórico metodológicos, que versavam sobre a temática, datados de 2013 a 2017, em português e texto na íntegra. Do total de 9 artigos, 5 foram selecionados como corpus para análise. RESULTADOS: Percebem-se avanços importantes no contexto brasileiro, como o Programa Brasil Sem Homofobia e a Política de Assistência Integral à saúde da população LGBT, no entanto ainda é escasso o conhecimento das necessidades em saúde desse segmento, que por sua vez é essencial para o desenvolvimento de políticas públicas. Porém, observa-se que ainda há uma dificuldade de implementação dessas políticas, pois a grande maioria das pessoas que fazem parte desse grupo populacional ainda é resistente em procurar os serviços de saúde, principalmente pelo caráter discriminatório, somado a outros entraves como: falta de qualificação por parte dos profissionais e especificidade nos serviços de saúde, vivenciada por consultas que não respondem às demandas do grupo, considerando a existência de dados que revelam a desigualdade de acesso aos serviços de saúde. CONCLUSÃO: As políticas públicas voltadas a comunidade LGBT encontram alguns percalços dentre eles a violação de seus direitos por serem negligenciados por profissionais de saúde, gerando uma contradição na própria efetivação das ações. Embora não descrito nos artigos encontrados, é importante mencionar também a falta de interesse da gestão pública no desenvolvimento de ações para esse grupo, motivada pela discriminação aos padrões não hegemônicos e também pela forte influência religiosa.