Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO RELACIONADA À PRÁTICA DA EPISIOTOMIA NO PARTO VAGINAL
Autores
ADRIANA MACIEL GOMES (Relator)
SUSANA BEATRIZ DE SOUZA PENA
RAFAELLA GIRÃO MACIEL ALBUQUERQUE
MARCIA ALVES DE SOUSA
ALDENIRA DE FREITAS LIMA SIQUEIRA
LEILANE MARACAJA DUARTE
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A episiotomia apresenta-se como uma incisão cirúrgica na região da vulva. Tal procedimento aumenta a taxa de infecção, os riscos de lesões graves no períneo, a perda sanguínea, o desconforto e o tempo de recuperação pós-parto. É notória a preocupação dos enfermeiros em humanizar esta experiência, estimulando a parturiente a explorar os instintos do seu corpo, favorecendo mecanismos naturais durante o parto. Objetivo: Identificar a percepção do enfermeiro em relação à prática da episiotomia no parto vaginal. Metodologia: Foi realizada uma revisão literária na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no Scientific Electronic Library Online (SciELO), dos últimos dez anos, utilizando como descritores (DeCS) “episiotomia”, “enfermagem” e “cuidado”. Inicialmente foram selecionados 10 artigos, dos quais somente 05 foram utilizados, seguindo-se como critério de inclusão: o ano de publicação, temática abordada, estudos na íntegra, publicados pela enfermagem, no idioma em português. Resultados e Discussão: Dentre os 05 artigos estudados, apresentavam-se 01 estudo de caso-controle, 01 retrospectivo e 03 estudos descritivos. Foi identificado quanto a percepção do enfermeiro, que os mesmos além de não a realizarem sem indicação, são em sua maioria contra tal prática quando desnecessária. Por serem conhecedores da não necessidade e por levarem em consideração inúmeras desvantagens. Sendo assim, a preferência é pela laceração, sabendo-se que a sutura local e o processo cicatricial são bem mais viáveis, gerando menos desconfortos e situações adversas às puérperas. Considera-se que a prática da episiotomia pode ocasionar tais limitações, como: prejuízo na locomoção, sentar, deitar, dificuldades para o autocuidado e do RN; riscos maiores de infecções; incontinência urinária e ou fecal, dificuldades na relação sexual; dispaurenia, função orgástica prejudicada, demorado tempo de cicatrização, bem como, a interferência estética e de autoestima da puérpera em relação à cicatriz. Conclusão: Denota-se que o enfermeiro obstetra não realiza a episiotomia como primeira indicação, por disporem de uma visão mais humanizada a respeito da naturalidade do parto vaginal. Referências: BELEZA, A.C.S. Mensuração e caracterização da dor após episiotomia e sua relação com a limitação de atividades. Rev. Bras. Enferm. v. 65 n. 2. Brasília. 2012. BRAGA, G.C. et al. Fatores de risco para a episiotomia: um estudo de caso-controle. Rev. Assoc. Med. Bras. v. 60 n. 5. São Paulo. 2014.