Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título FATORES QUE CONTRIBUEM NA MAIOR OCORRÊNCIA DE TRAUMAS PERINEAIS NO PARTO NORMAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
ELYADE NELLY PIRES ROCHA CAMACHO (Relator)
ELEN NELY PIRES ROCHA DO CARMO CPF: 52973832268
FABIO FEITOSA CAMACHO
DANIELLE RÊGO GONÇALVES CPF: 900 585 422 72 COREN
KESSIA REGINA FERREIRA BATISTA CPF: 013 944 325 8
WANDERSON LUIS TEIXEIRA
Modalidade Pôster
Área Trabalho, Ética e Legislação profissional
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: A assistência ao parto deve primar em preservar a função anatômica e fisiológica do assoalho pélvico e evitar traumas e sequelas decorrentes do parto, além de assegurar ao feto um nascimento em boas condições. Contudo, existem fatores que aumentam a ocorrência de traumas perineais e necessitam ser refletidos . OBJETIVO: Relatar a experiência de vivenciar práticas que contribuem na ocorrência de traumas em região perineal. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa, do tipo texto reflexivo, baseado nas vivências de profissionais de saúde em uma perspectiva multiprofissional, no atendimento à mulher em trabalho de parto, em um hospital de referência em atendimento materno e infantil, na cidade de Belém-PA, no período de março de 2017. RESULTADOS: No momento do parto, surge uma nova variável como fator de risco de trauma perineal, que é a conduta dos profissionais de saúde que atuam na assistência ao parto. E infelizmente, é frequente no contexto hospitalar, quando os profissionais de saúde exercem sua parcela de influência ao julgar que o períneo da mulher não é elástico o suficiente para a passagem do feto ou que pode comprometer a vitalidade fetal de alguma maneira. Nesse caso, eles tendem interferir de forma direta e acelerar o processo da parturição, frente a isto, podemos destacar como fatores prejudiciais para a assistência obstétrica e de igual modo estão relacionadas com maior ocorrência de traumas perineais: parto em decúbito dorsal; o uso indiscrimado de ocitócico; puxo dirigido; manobras de Valsalva e de Kristeller; parto instrumental; e a própria episiotomia. CONCLUSÃO: O uso desmedido de tecnologias e intervenções na assistência ao parto desde que este se institucionalizou foi por décadas incorporado ao ensino da obstetrícia e hoje é comprovadamente prejudicial, visto que interfere direta ou indiretamente no aumento de lesões perineais, seja pela prática da episiotomia ou na ocorrência de lacerações espontâneas. Sendo assim, necessário e essencial se repensar as práticas voltadas na assistência ao parto, afim de evitar práticas prejudiciais ao períneo. REFERENCIA: Camargo JCS, Araújo NM, Ochiai AM. Ensino da prevenção e reparo do trauma perineal nos cursos de especialização em enfermagem obstétrica. PROENF: Saúde Materna e Neonatal: Ciclo 6. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2015. p. 9-28.