Introdução: A segurança de uma transfusão de sangue depende de fatores como o perfil epidemiológico, pois os doadores possuem um potencial para portar doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue. A triagem clínica e sorológica de doadores de sangue é uma estratégia imprescindível para se evitar a transmissão de agentes infecciosos durante a transfusão. Objetivo: Verificar a soro prevalência de doenças infecciosas com resultados positivos na triagem sorológica para os marcadores de Hepatite B e C em doadores de sangue. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando fontes literárias disponibilizadas eletronicamente pelas bases de dados LILACS, SCIELO e MEDLINE. Tendo como descritores: “doadores de sangue, doenças infecciosas, bancos de sangue”. Foram incluídos artigos referentes ao período de 1998 a 2016, de língua portuguesa do Brasil e com textos completos, disponíveis para acesso on-line, constituindo uma amostra de 50 artigos. Resultados: Verificando a soroprevalência da hepatite B em quatro capitais brasileiras mostrou-se uma taxa geral de 7,9% de anti-HBc positivo, com destaque para a região Norte, obtendo taxas significativamente mais elevadas no grupo de baixo nível socioeconômico e entre adolescentes. No estado do Amazonas, a prevalência para o HBsAg pode variar de 2% a 9% e para anti-HBc de 5% a 76%, sendo nos municípios situados nas calhas dos rios Juruá, Purús e Médio Solimões no interior estado. Essas regiões são consideradas as áreas de maior endemicidade, com taxas significativamente elevadas. Em estudos realizados no Brasil verificou-se a prevalência para hepatite C de 1,4% da população, destes, 2,7% de faixa etária acima de 30 anos de idade. Já na região amazônica a prevalência é em torno de 2%. Conclusão: Dessa forma, torna-se de fundamental importância a realização de novos estudos, no sentido de instrumentalizar de maneira mais efetiva os órgãos responsáveis para que sejam levantados questionamentos aos gestores municipais e estaduais sobre a necessidade de estratégias na política pública quanto à ampliação dos serviços de acompanhamento e controle dessas endemias. |