Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título EUTANÁSIA: DESAFIOS DO ENFERMEIRO FRENTE AOS DILEMAS ÉTICOS E RELIGIOSOS
Autores
DALILA SALES DA SOLIDADE (Relator)
NEUMA APINAGE ARAÚJO
BRENDA NATALLY SANTANA BATISTA
MOANNA MARTINS BARROS
KELVYA FERNANDA ALMEIDA LAGO LOPES
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
O termo eutanásia passou por uma evolução semântica ao longo dos séculos. Seu significado etimológico do grego (eu = boa + thanatos = morte) é a morte boa, sem dores e angústias (OLIVEIRA, 2014). Sendo assim, despertou-se a necessidade de conhecer os princípios éticos e religiosos sobre ela relacionados à enfermagem, visto que a morte se revela como uma escolha para algumas pessoas, com a finalidade de alívio do sofrimento, tanto do paciente quanto da família (FONSECA, 2015). Nesse sentido o objetivo deste trabalho é conhecer o que é eutanásia e apresentar breves reflexões sobre alguns dos desafios éticos e religiosos encontrados pela enfermagem referente a mesma. O percurso metodológico foi elaborado com base na seleção de alguns artigos disponíveis nos bancos de dados Scielo e Google Acadêmico. Fonseca (2015) em se tratar de eutanásia expressa que segundo o Código Penal Brasileiro, a eutanásia é um crime de homicídio, de auxílio e induzimento ou investigação ao suicídio. Nessa lógica, mesmo que a vítima tenha pedido auxílio para a própria morte, ainda sim configura crime segundo o artigo 122 do Código Penal. A eutanásia pode ser classificada de acordo com cada tipo de ação: Ativa, passiva ou indireta, voluntária entre outras nomenclaturas (MARTINS, 2016). A mesma engloba várias questões sobre a sua legalização no Brasil. Do ponto de vista ético, ao indivíduo é garantido o direito à vida. Ao Estado, cabe garantir e assegurar o direito à vida, e do ponto de vista religioso, a eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana (PARCIANELLO, 2012). Nesse sentido, a enfermagem assume práticas e atitudes de negação da morte, evitando o contato com suas próprias emoções, visto que segundo o Art. 29 do Código de Ética dos profissionais de enfermagem no Brasil, tal prática é considerada crime (FELIX, 2014). Assim, a instituição religiosa, como outras instituições sociais, são formas de controle da conduta individual e social de acordo com os parâmetros definidos pela sociedade em geral uma vez que, o padrão de controle serve para manter certa unidade em meio a tanta pluralidade, como é a realidade do ser humano (OLIVEIRA, 2014). Portanto as discussões e os sentimentos sobre a finitude humana definem questões sobre os princípios éticos e religiosos da enfermagem frente a “morte sem dor”, visto que o profissional de enfermagem tem por obrigação respeitar o seu Código de ética, uma vez que os seus princípios religiosos também merecem ser respeitados.