Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título DESCONTINUIDADE NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO EM USUÁRIAS DE UM SERVIÇO DE GINECOLOGIA
Autores
TAINAN MARIA CRUZ LOPES TAVARES (Relator)
VÍVIEN CUNHA ALVES DE FREITAS
VIVIANNE MELO ARAGÃO
ANA KARINA BEZERRA PINHEIRO
HELLEN LÍVIA OLIVEIRA CATUNDA FERREIRA
DENISE DE FÁTIMA FERNANDES BARBOSA
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O câncer de colo uterino (CCU) ou câncer cervical é caracterizado por uma alteração no epitélio de revestimento do colo uterino, que poderá evoluir para lesão cancerígena no decorrer dos anos. No Brasil, o CCU ocupa o terceiro lugar geral entre os cânceres mais prevalentes na população feminina. O tempo de desenvolvimento da lesão é progressivo e lento, permitindo diagnóstico e tratamento rápidos, com possibilidade de cura. No entanto, alguns fatores dificultam a prevenção, sendo a descontinuidade ou a não adesão ao Exame de Papanicolaou alguns dos obstáculos. OBJETIVOS: analisar os fatores de risco para a periodicidade inadequada e não retorno à consulta de prevenção do CCU. METODOLOGIA: estudo quantitativo, documental e correlacional. Desenvolvido no Centro de Parto Natural Lígia Barros Costa (CPN). A coleta de dados ocorreu nos meses de outubro de 2016 a março de 2017, utilizados os prontuários de consultas ginecológicas realizadas no período de 2012 a 2015, totalizando 945 atendimentos. Foi criado um formulário estruturado, composto por variáveis de identificação, histórico geral, ginecológico, sexual e obstétrico da paciente e a avaliação da descontinuidade na detecção precoce do CCU. RESULTADOS: Em relação aos dados sociodemográficos, predominou pacientes de 25 a 35 anos de idade (39,3%); na escolaridade, 43% possuíam até o ensino fundamental e 47,5% eram casadas ou viviam em união estável. Nos dados pessoais, 25 mulheres (2,6%) relataram histórico de câncer, sendo o CA de mama o predominante em 43,7% dos casos. O HPV esteve presente em 45,2% das mulheres que afirmaram alguma IST. A descontinuidade da detecção precoce do CCU foi significativa, 63,4%, totalizando 600 pacientes. CONCLUSÃO: O enfermeiro como profissional responsável pela consulta ginecológica deve conhecer os fatores de risco para esse comportamento e propor medidas que facilitem as ações de promoção da saúde reprodutiva, reduzindo as taxas de descontinuidade na prevenção do CCU.