Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título ESTRESSE OCUPACIONAL DOS TRABALHADORES ENFERMEIROS EM CENTRO CIRÚRGICO
Autores
ALINE RAMOS VELASCO (Relator)
ÉRIKA ALMEIDA ALVES PEREIRA
JOANIR PEREIRA PASSOS
LANDY MARY FREITAS PERES
MARTA CACILDA DE CARVALHO RUFINO
RENATA DA SILVA HANZELMANN
Modalidade Pôster
Área Trabalho, Ética e Legislação profissional
Tipo Pesquisa

Resumo
No Brasil, o estresse ocupacional é delineado como doença ocupacional, desde 1999. O estresse ocupacional deriva de um ambiente laboral ameaçador às necessidades de realização profissional, originando danos nas suas funções. E se baseia em três pontos, que são os estímulos estressores, as respostas aos eventos estressores e os estímulos estressores-respostas. Na unidade de Centro Cirúrgico, uma área crítica do hospital, os trabalhadores convivem com situações contumazes, como a sobrecarga de trabalho, ausência de materiais, as relações interpessoais conflituosas, baixa autonomia profissional, os riscos ocupacionais, dentre outros. Os trabalhadores se expostos aos estressores de forma crônica, podem ter sua habilidade de enfrentamento prejudicada, levando-os ao esgotamento físico e emocional. Este estudo tem como objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura científica sobre o estresse ocupacional em trabalhadores enfermeiros nas unidades de Centro Cirúrgico. Trata-se de uma revisão integrativa, no período de 2006 e 2016, nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF e SciELO. Foram eleitos oito artigos que se adequavam aos critérios estabelecidos. Em relação ao tipo de produção, verificou-se que sete (87,5%) eram artigos científicos e uma (12,5%) tese. Quanto à bibliografia potencial, 75,0% dos artigos encontravam-se na MEDLINE, 12,5% na LILACS, e 12,5% na BDENF. A maioria dos estudos (75,0%) pertencia à língua inglesa, 12,5% ao idioma português e 12,5% em língua espanhola. Quanto ao ano de publicação, a maioria dos artigos (25,0%) foi publicada nos anos de 2007 e 2015. Em sete (87,5%) estudos apontam altos níveis de estresse. O estudo realizado permitiu concluir que os enfermeiros convivem cotidianamente com inúmeros estressores, como alta carga horária laboral, carência de recursos humanos e materiais, dupla ou mesmo tripla jornada de trabalho, relações conflituosas interpessoais. Embora bem distinguidos, os trabalhadores não associam os estressores com as enfermidades. Apesar dos estressores laborais, o trabalhador possui o poder decisório e estratégias de enfrentamento para o estresse, que o preserva do adoecimento. Por fim, reflete-se sobre a importância da redução do estresse como estratégia promissora para criar ambientes seguros.