Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título SOFRIMENTO MENTAL E PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO ENTRE AS PESSOAS COM HANSENÍASE
Autores
NERO FRANCISCO DA SILVA (Relator)
MAURILO SOUSA FRANCO
VICTORUGO GUEDES ALENCAR CORREIA
FELIPE DE SOUSA MOREIRAS
MANOEL BORGES DA SILVA JÚNIOR
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O bem-estar mental relaciona com as condições de vida e saúde de forma geral. O desequilíbrio pode se manifestar na forma de sofrimento e transtornos e junto com a hanseníase está entre as doenças negligenciadas. É responsável por uma repercussão psicológica, gerada pelas incapacidades, causa de estigmatização e de isolamento social do paciente. OBJETIVO: Investigar o sofrimento mental e perfil sociodemográfico entre as pessoas com hanseníase. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico transversal, vinculado ao Integrahans-Piauí: pesquisa de abordagem integrada dos aspectos clínicos, epidemiológicos, operacionais e psicossociais da Hanseníase. Os sujeitos são pessoas que residem no município de Floriano que foram diagnosticadas com hanseníase e notificadas no Sistema de Informação de Agravo de Notificação no período entre 2001 a 2014. A escala de coleta foi o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Teve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob o parecer 1.115.818. RESULTADOS: Dos 42 participantes, 28,6% apresentaram maior probabilidade para transtorno mental comum. A presença de sofrimento mental esteve presente em 28,6% da amostra. O perfil era de 60 anos ou mais 50%, sexo feminino 66,7%, com escolaridade entre 0 e 4 anos de estudos 75%, cor parda 75%, casado 41,6% e separado/divorciado/viúvo 41,6%. O perfil de trabalho foi caracterizado por maior prevalência de pessoas que relataram trabalhar 83,3%, sem renda individual 50%. Os que possuíam renda relataram ter como fonte a aposentadoria 25% e bolsa família 30%. Acerca da ocupação referida, esteve maior prevalência pessoas que relataram ser autônomas 33,3%. O perfil de saúde da amostra com presença de sofrimento mental se caracterizou pela isonomia na classificação operacional de hanseníase 50%, com maior prevalência do grau de incapacidade dois 41,7% e que não apresentaram comorbidades 90%. CONCLUSÃO: O SRQ-20 mostrou um perfil de pessoas depressivo-ansiosas. Porém, trata-se de escala para rastreamento inicial, por isso a necessidade de intervenção com avaliação psicossocial qualificada. Cabe ao poder público ampliar e incentivar os profissionais ao rastreamento pelo diagnóstico precoce, que possa identificar transtornos mentais, com orientações voltadas a melhoria da saúde dessa população. REFERÊNCIAS: BARRETO, L. A. Importância da percepção do paciente sobre diagnóstico e terapêutico da doença. Rev. Neurocienc., v.19,n.2, p.194-195,2011.