Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título HÁ LUTA ENTRE NÓS: UM OLHAR (ANTIMANICOMIAL) NA PRODUÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL
Autores
KÁSSIO SILVA CUNHA (Relator)
KÁSSIO SILVA CUNHA
KARINE SANTANA DE AZEVEDO ZAGO
Modalidade Pôster
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: Há Luta (Antimanicomial) Entre Nós: na clínica, na política e no SUS, esse foi o lema do evento marcado na cidade de Uberlândia-MG. Durante o ano 2016, a semana que tinha o objetivo de não apenas de comemorar o dia da Luta Antimanicomial (18 de maio), mas também de avaliar e rediscutir politicamente a Atenção à Saúde Mental, a fim de olhar e repensar sobre suas fragilidades e conquistas, conseguiu-se aproximar a sociedade da loucura. Por uma sociedade sem manicômios, o grito de Basaglia, pioneiro da Reforma da Psiquiatria, foi também o grito das pessoas que participaram do evento. METODOLOGIA: Organizado em 05 momentos durante 05 dias úteis, com parceria do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Uberlândia, Coordenação de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Uberlândia e dos Centros de Atenção Psicossocial do local, o evento foi sustentado por debates, mesas-redondas, ágoras, cinemas, apresentações culturais e apresentações de trabalhos científicos, o que fomentaram discussões que abrangeram a clínica, a política e o SUS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a participação dos usuários dos serviços de Saúde Mental, público acadêmico, profissionais da saúde e representantes sociais. As discussões aproximaram a loucura à sociedade e a sociedade à loucura. Isso fez perceber que apesar da “estratificação de público”, todos têm três identidades em comum: como ser humano, cidadão e usuário do SUS. Com isso, todas as pessoas, independente de suas diferenças, seus sofrimentos e seus valores, são constituídas de sentimentos, de histórias, de luta, de deveres e de direitos. E o reconhecimento dessas identidades derruba os “manicômios invisíveis” que distancia o “louco” da família, dos amigos e da sociedade que são o desamor, o preconceito, a violência e a negligência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse evento fez repensar no cuidado que deve ser ofertado pelo Enfermeiro. Um cuidado que estimula a participação e autonomia da pessoa com sofrimento e da família na construção de uma vida digna e protegida. Como também, estimulou-o o seu papel político-social que é a transformação de uma sociedade sem manicômios, por meio da desconstrução de paradigmas e da multiplicação da luta antimanicomial.