Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título UMA ANÁLISE DO PERFIL DE MULHERES COM IST EM UMA PENINTENCIÁRIA FEMININA
Autores
TANIA CHRISTIANE FERREIRA BISPO (Relator)
CAROLINA ANDRADE COSTA
JÓRDAN SANTOS DE JESUS
LETICIA TANNUS REBOUÇAS
Modalidade Pôster
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A população carcerária no Brasil tem crescido de modo exponencial, posicionando-se no quarto lugar entre os países de maior população prisional, sendo composta por 94,22% de homens e 5,78% de mulheres. O sistema prisional brasileiro é caracterizado por superlotações, precárias condições de higiene, deficiência da assistência à saúde e desconhecimento acerca da educação sexual. Diante destas condições enfrentadas pelas mulheres em situação de prisão, as mesmas tornam-se vulneráveis a desenvolver ao longo do encarceramento diversas patologias, dentre elas, as infectocontagiosas, sendo que uma das formas de contágio é através de relações desprotegidas nas visitas íntimas. OBJETIVO: Analisar o perfil de mulheres em situação de prisão com diagnóstico de IST’s no conjunto penal feminino. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de cunho qualitativo, descritivo e exploratório, com a finalidade de caracterizar o perfil de mulheres em situação de prisão com diagnóstico de IST’s. O pesquisa foi realizada no Conjunto Penal Feminino no Complexo Penitenciário da cidade de Salvador-BA. Foram entrevistadas 12 mulheres, porém apenas 7 apresentaram eram diagnosticadas com algumas IST. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas e os dados foram analisados pela técnica de Bardin. RESULTADOS: Houve predominância de mulheres na faixa etária entre 18 a 24 anos (43%), cor não branca (86%), solteiras (43%), com ensino fundamental incompleto (85%), evangélicas (43%), sem carteira assinada (71%), responsável parcial pelo sustento da família (85%), inicio de vida sexual com 14 anos (57%), heterossexuais (86%). A maioria das mulheres apresentaram reincidência pela segunda vez (42%), vida sexual ativa, porém não recebiam visitas intimas (85%), apenas um parceiro sexual (57%), não possuem hábito de utilizar preservativo nas relações (42%), usam contraceptivo oral (57%). CONCLUSÃO: Os resultados apontam a necessidade de políticas públicas efetivas e integrais de atenção às mulheres portadoras de IST’s no contexto prisional; Prevenção de agravos e promoção de saúde acerca dos aspectos reprodutivos e sexuais.