Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título CUIDADOS DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA À MULHER COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Autores
ARISSA EMI TANAKA (Relator)
ANA LEE BATISTA BARBOSA ARAÚJO
DANIELA DE OLIVEIRA SOARES
NATRICIA PILAR CARDOSO BLANCK
ROSA MARIA BOTTOSSO
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Relato de experiência

Resumo
A Sociedade Internacional de Continência define Incontinência Urinária (IU) como a perda involuntária de urina. É uma condição crônica capaz de comprometer as funções biopsicossociais, além de acarretar altos custos econômicos. A literatura mundial aponta prevalência entre 30-60% nessa população, sendo maior em idosas. É um problema de saúde pública que pode acometer mulheres jovens, de meia idade e idosa, podendo ser um fator para o aumento do risco de queda. Objetivo: Refletir sobre o cuidado de enfermagem perioperatório à mulher submetida à cirurgia para correção da IU. Metodologia: Relato de experiência de parte do processo de ensino-aprendizagem, desenvolvida em 04/2016. O grupo de alunos, durante as atividades assistenciais no centro cirúrgico (CC), optou por aprofundar os estudos. Três mulheres foram acompanhadas. Os dados emanaram da entrevista às pacientes na admissão no CC, do prontuário e das observações. Os achados foram organizados em quadros e relacionados com referencial teórico. Resultados: Foram submetidas à correção da IU com utilização da faixa sintética (sling) e duas delas, já passaram pela cirurgia de colpoperineoplastia anterior e posterior. Na avaliação dos dados, constatou-se que duas estavam com idade entre 45-60 e uma com 65 anos que estava realizando esta cirurgia pela segunda vez. Além da idade, apresentava obesidade e histórico de tabagismo. A idade, sobrepeso e histórico familiar costumam ser fatores de riscos importantes na IU e, ela se encontrava com 65 anos e com quadro de obesidade crônica. A margem de sucesso está entre 70%-100%, para essa proposta terapêutica e,entre os fatores de riscos para o insucesso estão a idade e o sobrepeso. As múltiplas gestações com partos por via vaginal podem ocasionar maiores danos ao assoalho pélvico e a preservação dos mecanismos de continência, em relação ao parto cesáreo. A obesidade, tabagismo, prolongamento do intervalo entre as micções, diminuição da sensação vesical, aumento da restrição hídrica e atividades como caminhar rapidamente e carregar pesos aumentam o risco de IU. Os cuidados de enfermagem nas fases trans/pós e alta com os diagnósticos de enfermagem são descritas na Tabela 1, dentre as intervenções não cirúrgicas, destaca o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, devendo ser a primeira intervenção a ser recomendada. Conclusão: O cuidado de enfermagem às mulheres submetidas à correção cirúrgica da IU deve iniciar antes da cirurgia, envolvendo a família e AB.