Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título PERFIL DE CARGA DE TRABALHO EM ENFERMAGEM DE PACIENTES PEDIÁTRICOS E PSIQUIÁTRICOS NUM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Autores
RAYANY CRISTINA DE SOUZA (Relator)
CLESNAN MENDES-RODRIGUES
ARTHUR VELLOSO ANTUNES
BRUNA APARECIDA RODRIGUES DUARTE
IOLANDA ALVES BRAGA
Modalidade Pôster
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
A utilização de sistemas de classificação de pacientes para delimitação da carga de trabalho em Enfermagem tem crescido como ferramenta para dimensionamento de pessoal em instituições de saúde. Apesar disto, estudos com pediatria e psiquiatria ainda são incipientes. Os fatores que afetam estes instrumentos também são pouco estudados, como o turno da avaliação. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil e a carga de trabalho em enfermagem nas unidades de Pronto Socorro de Pediatria, Enfermaria de Pediatria e de Psiquiatria de um Hospital Universitário. Foram utilizados um sistema de classificação pediátrico e um psiquiátrico com avaliação em oito datas distintas. As avaliações foram nos turnos da manhã, tarde e noite. Os dados obtidos para o estudo são dados secundários, seu uso foi aprovado institucionalmente e fazem parte de indicadores de gestão do serviço de enfermagem. O escore médio na Enfermaria de Pediatria foi de 20,11 (DP: 4,29; min.: 13; max.: 31), e no Pronto socorro foi de 19,17 (DP: 3,22; min.: 14; max.: 28), sem diferenças entre as duas unidades (p=0,289). Na Psiquiatria o escore médio foi de 18,67 (DP: 4,86; min.: 11; max.: 33). Após o ajuste dos intervalos para os pontos do escore, nas três unidades o tipo de cuidado mais comum foi o cuidado intermediário, seguido dos cuidados mínimos. A Enfermaria e o Pronto Socorro de Pediatria não mostram diferenças quanto ao perfil de carga de trabalho (p=0,10). O tipo de cuidado também não foi dependente do turno de avaliação na Enfermaria de Pediatria (p=0,50), enquanto foi dependente do turno na Psiquiatria (p<0,01) onde no turno noturno foram observados maior frequência de cuidados mínimos. A ausência de efeito do turno no instrumento da Pediatria esta dentro do esperado, enquanto que no instrumento da Psiquiatria foi observado uma maior necessidade de conhecimento da evolução dos pacientes, fator que pareceu-nos deficitário no turno noturno. Ainda são necessários mais estudos que definam os fatores que podem interferir no uso de sistemas de classificação de pacientes e seu impacto no dimensionamento de pessoal. Embora pontual e com algumas limitações nosso estudo demonstra a necessidade de estudo dos fatores que poderiam afetar o uso desses instrumentos.