Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título A SEGURANÇA DO PACIENTE E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO INTENSIVO
Autores
EDITH MONTEIRO DE OLIVEIRA (Relator)
DENIZE DUARTE CELENTO
PAULA MUNTAZ DO VALLE SILVA
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
A OMS define como segurança do paciente a redução do risco de danos desnecessários associados aos cuidados de saúde a um mínimo aceitável. Nesse contexto, pesquisas revelam que a Unidade de Terapia Intensiva é o setor mais vulnerável à ocorrência de erros e eventos adversos devido o cuidado a pacientes críticos, o envolvimento de alta tecnologias e a produção intensa de informações. Diante o exposto, esta pesquisa justifica-se em função da análise de evidências que comprovam a aplicabilidade prática da cultura de segurança no cuidado intensivo. Todavia, as discussões da qualidade da assistência em consonância com a segurança do paciente foram motivadores e determinantes para a realização desta pesquisa. Apresentar evidências científicas que elucidam riscos à segurança do paciente no cuidado intensivo. Trata-se de um estudo analítico transversal, com abordagem qualitativa. O evento adverso, segundo a ANVISA, é definido como ocorrências clínicas desfavoráveis que resultem em morte, risco de morte, hospitalização ou prolongamento de uma hospitalização preexistente, incapacidade significante, persistente ou permanente. Nesse contexto, Gonçalves (2012) aponta que os eventos adversos ocorrem quando na prática assistencial há perda de artefatos terapêuticos, erros na administração de medicação, falha na administração de dietas, falha relacionada a coleta e/ou encaminhamento de exames ao laboratório e falha de registro da sistematização da assistência de enfermagem. Convergente ao exposto, Minuzzi (2015) defende que na maioria das vezes os erros são consequências de uma sequência de eventos indesejáveis e não de um ato isolado. Nesse sentido, considera-se que EA e incidentes são importantes indicadores de qualidade à medida que propiciam a medição da distância real entre a assistência prestada e o cuidado ideal viabilizando conhecimento substancial para a estruturação da cultura de segurança no cuidado intensivo. Diante dos resultados, podemos concluir que a complexidade da assistência na UTI está relacionada a participação da enfermagem objetivando a garantia da qualidade da assistência prestada, todavia, observa-se a sobrecarga de trabalho segundo o tempo de cuidado intensivo requeridos pelos pacientes, fazendo necessário, a responsabilização coletiva dos envolvidos no processo visando a efetividade da cultura de segurança com vistas a redução de eventos adversos e a qualidade do processo.