Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título CONHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS SOBRE A LUTA ANTIMANICOMIAL E A REFORMA PSIQUIÁTRICA NO INTERIOR DE MATO GROSSO
Autores
WEVERTON CASTRO COELHO SILVA (Relator)
LARANÚBIA DOURADO NERY
TAYLA QUÉREN DOS SANTOS BASSO
MARCOS VITOR NAVES CARRIJO
ROSA JACINTO VOLPATO
ALISSÉIA GUIMARÃES LEMES.
Modalidade Pôster
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A Luta Antimanicomial (LTA) tem início em 1978, compondo o cenário nacional de luta em prol dos direitos dos usuários e familiares a uma atenção digna dos serviços de saúde. Aliado a essa luta, origina-se a Reforma Psiquiátrica (RP) que propõe a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, profundamente libertária, inclusiva e solidária. Objetivo: descrever o conhecimento dos universitários sobre Luta Antimanicomial e a Reforma Psiquiátrica. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo Survey, realizada no Centro de Convivência da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário do Araguaia (CUA), no dia 24 de maio de 2017, em uma das ações da LTA, realizada por membros do projeto Saúde Mental em parceria com o Centro Acadêmico do curso de Enfermagem em Barra do Garças-MT. Utilizou-se um questionário semiestruturado, aplicado à 180 universitários participantes na ação, independente do curso, sendo excluidos 4 questionários por não atender os criterios do estudo (<18 anos). Os dados foram lançados e analisados no programa Microsoft Excel 2013. O estudo conta com aprovação ética da UFMT/CUA nº 515/705. Resultados: Participaram da ação 176 universitários, com idade entre 18 a 41 anos, em sua maioria do sexo feminino (57%). Quanto ao conhecimento sobre a história da saúde mental no Brasil, a pesquisa revelou que 84% dos universitários nunca ouviram falar sobre a LTA e 93% não conhecem a história da RP. A falta de conhecimento também pôde ser verificada em 43% dos estudantes por acreditam que o tratamento das pessoas com problemas mentais deve ocorrer prioritariamente em hospitais psiquiátricos, 35% não conhecem o tipo de tratamento que é realizado em um Centro de Atenção Psicossocial e 23% acreditam que uma pessoa com doença mental não poderia trabalhar. Para 97% dos acadêmicos a sociedade ainda tem preconceito em relação as pessoas com sofrimento mental e para 100% atividades orientativas como a realizada da ação, podem contribuir para diminuir o preconceito sobre as doenças mentais na comunidade. Conclusão: Os universitários apresentaram pouco conhecimento sobre a história da saúde mental no Brasil, revelando que faz-se necessário cada vez mais desenvolver ações na comunidade voltados às temáticas de saúde mental, em busca de sensibilizar a comunidade, desmistificar a loucura e consequentemente reduzir o preconceito em torno das pessoas que sofrem alguma doença mental.