Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título UM RELATO DE EXPERIÂNCIA SOBRE A ANÁLISE DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE E A GESTÃO DO CUIDADO DA HANSENÍASE
Autores
NAYANE LUIZA BASTOS SILVA (Relator)
NAYANE LUIZA BASTOS SILVA
RAIANA FERNANDA DA SILVA SANTOS
MARIA GABRIELA SANTA CRUZ ALBUQUERQUE
Modalidade Pôster
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
Para um acadêmico, conhecer a organização de uma Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS é ter a oportunidade de entender como é definido os arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, das diferentes densidades tecnológicas, que associadas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. Portanto, o estudo teve como objetivo analisar a rede de atenção da saúde às pessoas atingidas pela hanseníase, assim como as facilidades e dificuldades vivenciadas pelos profissionais e usuários que a compõe. Atuamos nos Distritos Sanitários (DS) III e VII, do município de Recife-PE. A metodologia usada foi de natureza qualitativa, com abordagem hermenêutica crítica e reflexiva, onde participaram 37 pessoas entre gestores, gerentes, trabalhadores e usuários. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas. Durante a análise das entrevistas, foi observado que alguns profissionais demonstraram conhecimento limitado sobre o conceito de redes no que abrange a sua constituição e operacionalização, fatores estes que dificultam no funcionamento adequado da mesma. De acordo com os profissionais e gerentes entrevistados, a RAS à pessoa atingida pela hanseníase em Recife se organiza nos três níveis de atenção: nas Unidades de Saúde da Família (USF), Policlínicas e em 3 hospitais de referência no estado, seguindo assim o preconizado na Portaria nº 3.125 de 2010. Os usuários após perceberem alguma mancha no corpo ou sentirem dores e dormências principalmente nos membros superiores e inferiores, procuram um dos serviços de referências. Sendo poucos os usuários que utilizam as unidades básicas de saúde como porta de entrada para este diagnóstico e tratamento. Para nós, realizar esta pesquisa nos proporcionou conhecer a estrutura e funcionamento da RAS para pessoas atingidas pela hanseníase através de gestores, profissionais e usuários. E assim, poder elencar facilidades como marcação de consultas na atenção secundária e rapidez para entrega dos medicamentos; e dificuldades no que concerne principalmente a contrarreferência entre os serviços no qual o paciente circula. Referências: BRASIL, M.S. (Ministério da Saúde). Portaria nº 3.125, de 7 de Outubro de 2010: Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da hanseníase. MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na Atenção Primária à Saúde: o imperativo da consolidação da Estratégia de Saúde da Família. Brasília: OPAS, 2012.