Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título PERFIL DA VIOLÊNCIA INFANTIL NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA-MG E PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Autores
MARIANA ALVES MACHADO RIBEIRO (Relator)
SARAH MENDES DE OLIVEIRA
CARLA DENARI GIULIANI
LARISSA FERREIRA MOTA
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A violência contra a criança e o adolescente é um problema de saúde pública que atinge milhares de vítimas de forma silenciosa. Os casos de violência intrafamiliar consistem no abuso envolvendo pais ou outros parentes próximos, os quais se encontram em uma posição de maior poder em relação à vítima. Objetivos: Analisar notificações de violências contra crianças entre 0 a 12 anos nos anos de 2016 e 2017 na cidade de Uberlândia-MG, relacionando a violência infantil com o gênero do agressor e pontuar os cuidados de enfermagem à criança vítima de violência. Metodologia: Estudo descritivo, baseado nas notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan NET) por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais-Uberlândia-MG. Resultados: No ano de 2016 foram notificados 146 casos de violência contra crianças de 0-12 anos, 56(38%) meninos e 90 (62%) meninas, na variável categorizada autor(a) da violência, o pai aparece com um número de 14 (17%) e o padrasto 9 (11%) do total de 83 agressores; no ano de 2017, até o mês de abril, 46 novos casos sendo 9 (20%) meninos e 37(80%) meninas, a figura do pai como autor da violência, 7 (22%) e padrasto com 3(9%). Dentre os tipos de violências notificadas, a violência sexual é a mais alarmante com 57 casos (27%) em 2016 e em 2017 até o mês de abril 33 casos (37%). Observa-se maior abuso por parte da figura masculina, relação de poder do abusador para com a criança, colocando-a em situação de intenso sofrimento. A vulnerabilidade da criança, sua dificuldade de resistir aos ataques do abusador são condições que favorecem a ocorrência da violência. Conclusão: Dominação de gênero, sob o ponto de vista histórico e cultural, contribui para a manifestação de abusadores e exploradores. Nota-se que o número de violência contra a criança no ano 2017 já se apresenta alarmante até o presente momento. O enfermeiro é agente essencial na transformação deste problema, sua prática deve estar pautada na busca pelo entendimento das contradições das relações de poder constitutivas de uma ordem social hierárquica e desigual, na qual se mesclam relações de gênero, classe, raça, idade, entre outras.