Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título HORMONIOTERAPIA PARA A POPULAÇÃO TRANSGÊNERO: REVISÃO INTEGRATIVA
Autores
ROBSON LOVISON (Relator)
THAMARA CRISTINA TRIERVEILER VARGAS
TANIA MARIA ASCARI
Modalidade Pôster
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: a hormonioterapia é técnica essencial para a construção da identidade transgênero. Objetivo: investigar a produção cientifica nacional publicada entre 2012 e 2017 sobre a hormonioterapia para a população transgênero, especialmente na área da saúde. Metodologia: revisão integrativa de literatura, com abordagem qualitativa, tendo como critérios de inclusão: artigos originais, revisões sistematizadas, relatos de experiências, ensaios teóricos e reflexões; trabalhos escritos originalmente em português e disponíveis completos online; estudos da área da saúde que tratam da hormonioterapia em transgêneros. Como critérios de exclusão: artigos publicados em outros meios de comunicação; manuscritos duplicados; artigos do tipo: revisões bibliográficas não sistematizadas, cartas, resenhas, editoriais. Os descritores foram hormonioterapia, transgênero e saúde. As fontes de informação foram buscadas em publicações indexadas na base de dados BVS, entre os anos de 2012 e 2017. Resultado: apenas cinco publicações atenderam aos critérios de pesquisa, apontando inicialmente, o baixo interesse da área da saúde na produção de estudos, pesquisas e publicações em torno de um tema relevante e que é parte do cotidiano dos profissionais da saúde, especialmente no serviço público. Destaca-se que uma das publicações selecionadas, é obra organizada pelo Ministério da Saúde e que traz artigos sobre transexualidade e travestilidade, incluindo o tema hormonioterapia, ou seja, é um orientador para os profissionais da saúde. As demais publicações apontam para a necessidade de se implementar no serviço público equipes de acolhimento e atendimento voltados as necessidades de travestis e transgêneros, entre as quais a hormonioterapia. Processo esse que vem caminhando lentamente, implantado em poucas cidades como São Paulo, ainda como um projeto limitado, embora existam as orientações e diretrizes do Ministério da Saúde para o atendimento das pessoas que desejam realizar o tratamento com hormônios. Conclusão: é evidente a necessidade de se avançar na preparação de profissionais e formação de equipes preparadas para atender, no serviço de saúde pública, pessoas, travestis ou transgênero, que desejam realizar hormonioterapia, por ser essa uma questão de saúde pública, de atendimento ao princípio da dignidade humana e de acolhimento a esse segmento da população quem vem de um longo histórico de indiferença por parte da saúde pública.