Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título COMPROVAÇÃO CIENTIFICA DA UTILIZAÇÃO DA CROTALARIA NO CONTROLE DO AEDES AEGYPTI
Autores
KAMYLA ALVES FERREIRA (Relator)
ANA CARLA FERREIRA PICALHO
EMANUELLE FERNANDES
ANA CLAUDIA PEREIRA TERÇAS
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A Crotalaria pertence a subfamília Papilionoideae está adaptada para o clima tropical, e sua utilização principal é na adubação verde e controle de nematóides nos solos. Observa-se atualmente que profissionais de saúde orientam em sua prática o cultivo dessa planta para o controle biológico do mosquito Aedes aegypti. OBJETIVO: Descrever sobre a utilização da crotalaria no controle do Aedes aegypti. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura em que utilizou-se como fonte de dados artigos de periódicos científicos no formato completo. A coleta de dados foi realizada em abril de 2016, com pesquisa realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, empregando-se os Descritores em Ciência da Saúde: “Crotalaria”, “Aedes Aegypti”, “Saúde Pública” que foram associados através dos operadores booleanos "And" e “Or”. Estabeleceu como critérios de inclusão: publicações na área da saúde, disponíveis on-line em sua versão completa, gratuita e com idioma em português (Brasil). RESULTADOS: A revisão se tornou fundamental e necessária, pois é oportuna a discussão da validade de um método indicado por profissionais de saúde para o controle do Aedes aegypti, este que vem sendo bastante disseminado inclusive pela mídia. Esse método refere-se, mais especificamente, ao controle indireto do mosquito Aedes aegypti, cuja população seria reduzida pelo cultivo das crotalárias. Suas flores funcionam como atrativos, favorecendo a proliferação ambiental de libélulas (Ordem Odonata), que são insetos predadores de larvas e mosquitos. Pesquisadores consideram o método inócuo e sem efeito, quanto ao Aedes aegypti, vetor da zika, dengue e chikungunya, pois afirmam que seriam necessários milhões de libélulas para combater apenas algumas larvas do mosquito. Relatam também que esse inseto, é um predador inespecífico, ou seja, não preda preferencialmente as larvas do Aedes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A indicação empírica desse método por profissionais de saúde não possui validação científica, sendo necessário ampliar essas informações afim de reduzir a disseminação de medidas que não obterão resultados efetivos e que inclusive poderão criar a falsa impressão de segurança a população contribuindo para o aumento do risco de infecções por doenças transmitidas pelo Aedes. REFERÊCENCIAS: PACHECO, J. S, SILVA-LÓPEZ, R. E. S. Genus Crotalaria L. (Leguminoseae). Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Tecnologia em Fármacos. Laboratório de Química de Produtos Naturais. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.