Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NO CEARÁ: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE UMA DÉCADA
Autores
RAFHAEL FONSECA (Relator)
KAMILA ELEN ALVES NOGUEIRA
KARLEANDRO PEREIRA DO NASCIMENTO
THECIA LARISSA DA SILVA RIBEIRO
IGOR CORDEIRO MENDES
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) é um importante indicador para a análise da situação de saúde de um país ou região, ela representa o número de crianças de um determinado local que morrem antes de completar 1 ano de vida a cada mil nascidas vivas. Este indicador pode ser calculado utilizando-se dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). O objetivo desta pesquisa foi avaliar epidemiologicamente a evolução da TMI no Estado do Ceará entre os anos de 2006 a 2015. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, documental, transversal com abordagem quantitativa. Foram utilizadas informações provenientes do SIM e SINASC sendo adquiridas por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos no estudo todos os óbitos infantis e notificações de Nascidos Vivos (NV) que ocorreram nos diversos municípios do Ceará entre os anos de 2006 a 2015. O cálculo da TMI foi realizado da seguinte maneira: razão entre o número de óbitos infantis no ano e o número de nascidos vivos no mesmo ano, sendo o resultado multiplicado por mil. Os resultados foram tabelados e em seguida transformados em gráficos pelo software Microsoft Excel. Por se tratar de um estudo no qual a coleta de informações foi realizada em um sistema de domínio público, em que qualquer indivíduo pode ter acesso, não foi necessário o envio para Comitê de Ética. Observou-se que em todos os anos estudados a TMI se manteve baixa, segundo a classificação do Ministério da Saúde: alta (50 ou mais), média (20-49) e baixa (menos de 20 por 1000 nascidos vivos). Evidenciou-se um aumento no número de NV de 2013 a 2015, passando de 124.876 NV para 132.516 NV, e uma diminuição na TMI no mesmo período, passando de 13.82/1000NV para 12.05/1000NV respectivamente. Foi observado na década um decréscimo significante na TMI que passou de 18,09/1000NV (2006) para 12,05/1000NV (2015) sendo esta última a menor taxa já registrada. A TMI no Ceará vem decrescendo com o passar dos anos, essa redução pode estar atribuída a uma série de medidas que vem sendo tomadas pelo Governo do Estado, desde a implantação do programa de agentes comunitários em 1990. O cenário relacionado à MI no Estado do Ceará já mudou bastante, no entanto faz-se necessário o reforço e continuidade de todas as medidas que objetivam a redução desse agravo.