Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título SÍFILIS E GÊNERO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA REDUÇÃO DA EPIDEMIA DA SÍFILIS – CUIABÁ/MATO GROSSO
Autores
KAMYLLA CAVALCANTE TAQUES DOS REIS (Relator)
LINEY MARIA ARAÚJO
HELOISA MARIA PIERRO CASSIOLATO
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo Treponema pallidum, que quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis a longo prazo. Atualmente afeta os usuários jovens do sexo masculino, particularmente homens que fazem sexo com homens (HSH) e profissionais do sexo, devido ao comportamento sexual de risco e a dificuldade ao acesso e adesão ao tratamento em sua unidade básica de saúde. Objetiva-se neste estudo apresentar o número de casos de sífilis adquirida, de acordo com o gênero, tratados por enfermeiros no Serviço de Assistência Especializada (SAE) de Cuiabá, Mato Grosso. Trata-se de uma pesquisa documental, realizada nos livros de registro de usuários do serviço, referente ao período de janeiro a dezembro de 2016. Os dados mostram que o número de casos de sífilis tratados por esses profissionais foi de 41 no sexo feminino e 252 no sexo masculino. O total de casos é expressamente superior entre homens, porém, independente do gênero, o grupo atendido declarou ter preferência pelo sexo anal, não raro o uso de bebida etílica e drogas ilícitas, preterindo assim o uso de preservativo. A demanda no SAE, em sua grande maioria espontânea, procura a unidade com pelo menos um sintoma dessa IST, evidenciando algum conhecimento em relação a mesma. O SAE zela pela desconstrução de toda a fantasia em torno do agravo e do fármaco de escolha no tratamento, evidenciado pela adesão de 95% dos usuários. A procura na fase sintomática tem sua vantagem devido ao fato de ser o período de maior contaminação, no entanto há casos de usuários que procuramo serviço na fase mais grave da sífilis (terciária), com os sintomas característicos de suas complicações cardiovasculares e neurológicas. Reforçamos que a duração e transmissibilidade dessa IST são maiores quando o acesso às formas de prevenção, diagnóstico, tratamento e seguimento é menor nas unidades básicas. Ante aos fatos, é imperativo a capacitação e empoderamento dos enfermeiros da rede básica para realizar as etapas descritas. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticos para Atenção Integral para Atenção às Pessoas com Infecções Sexualmente transmissíveis. - Brasília:2015.