Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título PRINCIPAIS VIOLÊNCIAS OBSTÉTRICAS SOFRIDAS POR MULHERES EM MATERNIDADES DO BRASIL
Autores
MARIA ALICE CARVALHO LIMA (Relator)
INGRID ROCHA BARBARINO
DANIELE MARIN NARDELLO
FERNANDA SANTANA OLIVEIRA
EMANUELA IARA SOUZA VILELA
NATANE FIRMINO ROCHA
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O enfermeiro obstetra, além de atuar dentro das condutas preconizadas pelas maternidades, também deve estar apto para auxiliar a mulher em um parto humanizado, o qual tem como objetivo respeitar os aspectos fisiológicos, sociais e emocionais que o envolvem a parturiente1. É importante elencar de que forma a violência obstétrica pode contribuir com os casos de morbidade materna e o risco adicional associado aos eventos do manejo agressivo do parto vaginal, momento que pode ocorrer com o uso abusivo de ocitocina, manobra de Kristeller, uso do fórceps, episiotomia, entre outras ações2. Objetivo: Investigar as principais violências obstétricas sofridas por mulheres no Brasil. Metodologia: O estudo caracteriza-se por ser uma revisão integrativa da literatura. A busca manual foi realizada em artigos científicos publicados entre os anos de 2006 a 2016. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro a abril de 2017, nas bases de dados: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O rigor metodológico foi seguido conforme questionário para a coleta de dados, obedecendo todos os passos da revisão integrativa. Os dados foram categorizados e em seguida realizados análise reflexiva sobre os mesmos. Resultados: A principal violência sofrida entre as mulheres foi a persistência do uso de intervenções dolorosas e desnecessárias, tais como a episiotomia e a manobra de Kristeller, isso demonstra que melhorias ainda são necessárias. O uso de ocitocina durante o trabalho de parto também foi mais frequente entre as usuárias do setor público e nas gestantes de menor escolaridade, os mesmos grupos que apresentaram menor frequência do uso de analgesia obstétrica, reforçando a prática do parto doloroso. Conclusões: As mulheres brasileiras de todos os grupos socioeconômicos e de risco obstétrico habitual estão sendo desnecessariamente expostas aos riscos de intervenções dolorosas e desnecessárias no parto. Muitas destas intervenções foram realizadas, principalmente nas mulheres de grupos socioeconômicos mais elevados, as quais podem estar mais propensas a sofrer os efeitos adversos do uso da tecnologia médica.