Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título VIVÊNCIA EM UMA ALDEIA INDÍGENA DA ETNIA BORORO NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS - MT: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
CIBELE MARTINS DOS SANTOS ULLE (Relator)
FLÁVIO BISPO DE LIRA
ELIAS MARCELINO DA ROCHA
Modalidade Pôster
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: No Brasil, os povos indígenas compõem 305 etnias, totalizam aproximadamente 897 mil indivíduos. As comunidades indígenas vêm enfrentando uma acelerada e complexa transformação social, tais como disputas territoriais, exploração sexual, etilismo e tabagismo, necessitando buscar novas respostas para a sua sobrevivência física e cultural. A região Centro-Oeste é a terceira região com maior concentração de indígenas, sendo 130.494 mil. O estado de Mato Grosso possui 7.064 mil. O município de Rondonópolis atende 641 indígenas da etnia Bororo, Otuques ou Boe, falam a língua bororo autodenominada “boe wadáru”, estão distribuídos em 5 aldeias, Tadarimana, Pobóre, Praião, Jurigue e Pobojare. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos do nono semestre de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus de Rondonópolis – MT, em uma ação em saúde realizada na aldeia indígena Tadarimana. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, onde foram realizadas atividades de educação em saúde, saúde bucal, avaliação de peso, estatura, Índice de Massa Corporal (IMC), aferição de pressão arterial e testes rápidos para detecção de infecções sexualmente transmissíveis (IST), em parceira com a Secretaria Municipal de Saúde, Departamento de Ações Programáticas, Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) - Pólo Base Rondonópolis e a Universidade Federal de Mato Grosso, na aldeia indígena Tadarimana localizada em Rondonópolis - MT, no dia 19 de abril de 2017. Resultados: Dentre as atividades realizadas na aldeia, através dos testes rápidos foram identificados 21 casos de sífilis, distribuídos entre ambos os gêneros, 09 masculinos e 12 femininos, e idades entre 18 a 50 anos, todos encaminhados para tratamento profilático na própria aldeia. Conclusão: A partir dos dados apresentados, faz-se necessário intensificar as ações dos serviços de saúde, aumentando a percepção dos desafios favorecendo a reflexão de suas práticas, garantindo aos povos indígenas o acesso à atenção integral à saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Deve-se contemplar a diversidade social, cultural, geográfica, histórica e política de modo a favorecer a superação dos fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde aumentando o acesso a uma saúde de qualidade, adaptando programas de excelência já implantados pelo Ministério da Saúde à realidade indígena.