Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título A DIALÓGICA COMO TECNOLOGIA PARA O ENFRENTAMENTO DA HANSENÍASE UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
ANA CAROLINA DE GUSMAO (Relator)
WANDERSON LUIS TEIXEIRA
ROSIANE LUZ CAVALCANTE
ELYADE NELLY ROCHA
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, uma bactéria intracelular obrigatória que tem tropismo pela pele e nervos periféricos, o que ocasiona alteração da sensibilidade das áreas afetadas pela presença do bacilo. Esse tropismo neural, “é responsável pelo potencial incapacitante da doença que, sem intervenção, gera deformidades e incapacidades, principalmente nos olhos, nas mãos e nos pés. A capacitação e a integração das ações de controle na Atenção Básica (AB) são essenciais para fortalecer o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dos casos Objetivo: Desenvolver uma tecnologia voltada para um grupo de adolescentes diagnosticados e em tratamento da Hanseníase. Método: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, consistindo de quatro momentos dialéticos, com quatro encontros no período de 10/01/2017 a 10/04/2017. Investigação temática; Codificação e decodificação e Desvelamento crítico. Resultados: No dia da realização do grupo focal na ESF, as adolescentes em tratamento em hanseníase foram convidadas a estarem presentes para que fossem iniciados os trabalhos de forma dinâmica e harmônica. Os diálogos se iniciam com a apresentação individual dos participantes sem alguma motivação oriundas da organização. As falas foram se estendendo com a participação crescente dos envolvidos e refletiam o impacto da doença na vida de cada um deles. Surgiram várias narrativas interessantes que foram transcritas com a permissão dos mesmos. Foi evidente que este momento de esclarecimento sobre a patologia, criou nos participantes a necessidade de estarem mais conscientes de suas reais condições de saúde. Sendo assim, compreendemos que as pessoas acometidas pela hanseníase têm necessidade de expor o que sentem, de falar sobre a doença e trocar experiências com outros portadores e com os profissionais de saúde, o que muitas vezes não é possível acontecer nas consultas individuais mensais para a administração da dose supervisionada. Conclusão: Buscamos neste estudo, os contextos que envolvem as pessoas em tratamento de hanseníase, identificamos seus conhecimentos e as repercussões da doença em suas vidas e fez-se necessário acolhermos todas as informações objetivas e subjetivas dos grupos para valorizarmos seus sentimentos, crenças e percepções manifestas. Referências: Costa, GS. Grupos focais: um novo olhar sobre o processo de análise das interações verbais. Revista intercâmbio, v. XXV.