Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título COTIDIANO DE ENFERMEIROS EM SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: IMPLICAÇÕES DA HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
Autores
MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA GUERREIRO (Relator)
RAMIRENE FERREIRA LIMA
CARLA DANIELLE MOTA RÊGO VIANA
SILVIA MARIA NÓBREGA-THERRIEN
JOÃO JOADSON DUARTE TEIXEIRA
MÔNICA OLIVEIRA DA SILVA ORIÁ
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo responsável por repor células destruídas, eliminadas ou substituídas. Muitas doenças podem ser tratadas pelo Transplante de Medula Óssea (TMO). Este procedimento, no entanto, requer hospitalização, interferindo diretamente no estilo de vida, hábitos, autoimagem e autoestima do paciente, além da ameaça de complicações e morte. Portanto, o papel do enfermeiro neste cenário envolve muitas responsabilidades no cuidado, além do apoio aos pacientes e familiares durante o transplante e na fase de recuperação. OBJETIVO: Analisar a humanização da assistência nas ações de enfermagem de um serviço de TMO. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Realizada em uma instituição especializada em atendimento onco-hematológico em Fortaleza, Ceará, Brasil. O serviço conta com oito enfermeiras, sendo todas escolhidas como sujeitos da pesquisa. A coleta dos dados ocorreu de Agosto a Setembro de 2014, mediante entrevista semiestruturada individual gravada. As transcrições foram organizadas seguindo o método de análise de conteúdo de Bardin. Da análise, emergiram duas categorias. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, seguindo os preceitos da resolução 466/12. RESULTADOS: A análise do material evidenciou duas categorias: “Significado da humanização na assistência de Enfermagem no TMO” e “A presença de lacunas da humanização neste processo de trabalho”. Assim, na primeira categoria, as falas dos indivíduos evidenciaram a necessidade de respeitar o usuário, vendo-o como um ser humano além dos cuidados, refletindo o desafio que o cuidado representa aos profissionais. Percebeu-se ainda o entendimento de que a humanização está centrada na voz do indivíduo e no respeito à sua autonomia, perpassando pela escuta, apreensão e satisfação de necessidades. Em relação à segunda categoria, tornou-se relevante o relato de que as condições de trabalho, a insatisfação profissional, a falta de interação entre os profissionais, a desvalorização e pouco reconhecimento da equipe de enfermagem e o espaço físico, interferem no desenvolvimento de uma assistência de enfermagem mais humanizada. CONCLUSÃO: Foi possível analisar o processo de humanização sob a ótica dos enfermeiros de um serviço de transplante de medula óssea, evidenciando-se os nós críticos que ainda perduram e suscitam mais estudos e investimentos para uma assistência realmente humanizada e de qualidade.