Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE RECIDIVA REGIÃO SUL DO MATO GROSSO NO PERÍODO DE 2001 A 2015
Autores
SALETE BARBOSA DOS SANTOS (Relator)
NAIRA RÚBIA DA SILVA RIBEIRO
DÉBORA APARECIDA DA SILVA SANTOS
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Conhecida pela manifestação de sinais e sintomas dermatoneurológicos e por lesões na pele com perca da sensibilidade, a hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen, cuja transmissão ocorre por vias aéreas pelo contato direto com indivíduos portadores da doença que ainda não iniciaram o tratamento. Indivíduos que receberam alta por cura que geralmente voltam a apresentar novos sinais e sintomas clínicos da doença por um período superior a 5 anos após o tratamento e aqueles que abandonaram o tratamento são notificados como casos de recidivas. As características que confirmam o diagnóstico da recidiva são: surgimento lento da patologia, com poucas lesões recentes e as antigas geralmente imperceptíveis. OBJETIVO: Descrever a prevalência dos casos de recidiva de hanseníase em Rondonópolis-MT, no período de 2001 a 2015. MÉTODO: Estudo do tipo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. A fonte de dados foi o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, incluindo todos os casos de recidiva de hanseníase no período estudado. Para análise das variáveis foram utilizados estatística descritiva e software R. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 54226316.1.0000.5541). RESULTADOS: Houve prevalência de 2.696 casos novos de hansenías, predominando sexo masculino (56,05%), raça parda (46,92%), faixa etária 35-49 anos (30,16%), residentes na zona urbana (90,21%) e escolaridade 5º a 8º série do ensino fundamental incompleto (25,89%); casos multibacilares (61,16%), forma clínica dimorfa (51,37%), esquema terapêutico PQT/MB/12 doses (51,26%) e grau zero de incapacidade (79,08%). Deste total de casos n=47 (0,57%) eram casos de recidivas. CONCLUSÃO: Desta forma, os casos de recidivas são aqueles indivíduos que abandonaram ou receberam alta por cura do tratamento e voltam a manifestar sinais e sintomas da doença após 5 anos. Com os resultados desta pesquisa, é possível afirmar que em Rondonópolis-MT, há uma eficácia da vigilância e controle da hanseníase pois apresentou um resultado pouco significativo de casos de recidiva. REFERÊNCIA: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.58p.