Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título TRATAMENTO DIRETAMENTE SUPERVIONADO DA TUBERCULOSE: POTENCIALIDADES E DESAFIOS NA ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Autores
MANOEL AUSTREGESILO DE ARAUJO JUNIOR (Relator)
ADRIANA ROCHA DE ARAUJO
EDILBERTO IRINEU DE ARAUJO FILHO
EMANUELLE RABELO CORDEIRO
JOSÉ MARIA XIMENES GUIMARÃES
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
O tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose (TB) deve ser ofertado a todos os pacientes com diagnóstico de tuberculose, prioritariamente aos bacilíferos. Essa é uma recomendação do Ministério da Saúde que entende que essa forma de tratamento é a mais exitosa para cura de pacientes com diagnóstico dessa doença. Sabe-se que o enfermeiro está diretamente envolvido nas ações desse tratamento bem como em todas as ações voltadas para o controle da TB, desde o diagnóstico a cura. Tem-se por objetivo descrever as potencialidades e desafios do Tratamento Diretamente Supervisionado da Tuberculose na perspectiva dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Realizou-se um estudo analítico descritivo com abordagem qualitativa. A amostra qualitativa do estudo foi composta por seis enfermeiros, selecionados intencionalmente, que atuam na Unidade de Atenção Primária à Saúde Carlos Ribeiro, situada em Fortaleza. Para a coleta de dados, foi utilizada uma entrevista semiestruturada, e a observação, com anotações em diário de campo. Os resultados obtidos foram organizados e analisados com base na técnica do Discurso do Sujeito Coletivo, que é uma proposta de organização e tabulação de dados qualitativos de natureza verbal, obtidos de depoimentos. A pesquisa seguiu as normas da Resolução 466/2012 e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará. Foram relatados como os principais desafios: a falta de vínculo e acolhimento, assim com a ausência de incentivos como a cesta básica, auxílio transporte e oferta de lanche na unidade de saúde. Por outro lado, os enfermeiros apontam como potencialidades: a distribuição gratuita dos medicamentos, o apoio da família e da comunidade, e a flexibilidade na realização do TDO, podendo o mesmo ocorrer no posto, na residência do paciente ou no seu trabalho. Conclui-se que o enfermeiro da ESF deve trabalhar no intuito de fortalecer o vínculo e o acolher dos pacientes em tratamento para TB e que ações devem ser realizadas junto aos órgãos responsáveis para dispensa de cestas básicas e transporte gratuito para esses pacientes. Ressalta-se que a flexibilização do TDO e o tratamento gratuito para TB é um ponto de suma importância para continuidade e sucesso dessa ação.