Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS AO USO DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS EM ÚLCERAS VENOSAS: REVISÃO SISTEMÁTICA
Autores
ISABELLE ANDRADE SILVEIRA (Relator)
MAGALI REZENDE DE CARVALHO
BEATRIZ GUITTON RENAUD BAPTISTA DE OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: o plasma rico em plaquetas (PRP) apresenta-se como uma ferramenta que permite a aplicação de grandes quantidades de fatores de crescimento, que favorecem a cicatrização das lesões e possibilitam o mais rápido retorno à funcionalidade¹. Embora, seja um produto autólogo pode ocorrer eventos adversos, que são definidos como incidentes que causam danos à saúde2-3. Objetivo: descrever os eventos adversos relacionados ao uso do PRP em úlceras venosas. Metodologia: revisão sistemática segundo as recomendações da Colaboração Cochrane realizada nas bases de dados: Ovid MEDLINE(R); Ovid MEDLINE(R) In-Process & Other Non-Indexed Citations; Ovid MEDLINE(R) Epub Ahead of Print; EMBASE; CINAHL Plus with Full Text, Cochrane CENTRAL, LILACS e Web of Science. Não houve restrição temporal ou de idioma. A análise estatística foi realizada através do programa Review Manager 5.3 (Cochrane). A metanálise foi realizada utilizado o modelo de efeito fixo de Mantel-Haenszel. Resultados: foram encontrados 8 estudos4-11 com um total de 490 pacientes no grupo controle e 354 no grupo teste. Oito estudos reportaram a ocorrência de eventos adversos nos grupos teste e grupo controle, sendo 42 casos de infecção, 34 de dor, 27 de prurido, 24 de eczema e dermatite, 7 de agravos na úlcera e 33 novas úlceras. Dentre os 162 eventos adversos ocorridos no grupo teste, 23 eram relacionados ao tratamento; dentre os 89 ocorridos no grupo controle, 9 eram relacionados ao tratamento. A partir destes dados foi possível realizar uma análise dos dados combinados dos eventos adversos mais frequentes. Observa-se que os eventos adversos ocorreram em ambos os grupos sem diferenças estatísticas (p>0,05). Na análise combinada de todos os eventos adversos relatados nos estudos obteve-se um RR de 0,93 [IC 95%: 0,82-1,04, p=0,21, I2=0%]. Portanto, o uso dos fatores de crescimento pode ser considerado uma terapia que não apresenta um índice de eventos adversos maiores do que a terapia padrão para tratamento de úlceras venosas. Conclusão: de acordo com as evidências apresentadas é inconclusiva a relação direta da presença de eventos adversos associada à terapia usando os fatores de crescimento. Sendo assim, são necessários mais estudos que reportem a ocorrência de eventos adversos no tratamento de úlceras venosas com fatores de crescimento para que se possa estabelecer com maior força de evidência uma correlação direta ou não do evento com a terapia com fatores de crescimento.