Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título APRENDIZES DA NATUREZA: CONHECIMENTO EMPÍRICO E CIENTÍFICO NA CONSTRUÇÃO DO SABER DE PLANTAS MEDICINAIS
Autores
PRISCILA GONÇALVES JACINTO FIGUERÊDO (Relator)
ADRIANO FIGUERÊDO NEVES
JANAYNA ARAÚJO VIANA
Modalidade Pôster
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Relato de experiência

Resumo
O uso de plantas para fins medicinais, desde prevenção, tratamento e cura de doenças é uma das práticas mais antigas da humanidade. O conhecimento empírico é a base fortificada da utilização de plantas para fins terapêuticos, sendo os idosos detentores desse conhecimento. A partir da troca de conhecimento e construção do saber acerca destas plantas com acadêmicos de Enfermagem, é possível valorizar o uso de recursos naturais em práticas de saúde, agregando-se ao método tradicional, comprovação científica benéficas para saúde humana. Objetivou-se favorecer a troca de conhecimentos (empírico e científico) na construção deste saber e através dessa troca, valorizar o uso desses recursos nas práticas de saúde. O trabalho foi desenvolvido no Centro de Referência de Assistência Social de Augustinópolis-TO, com idosos freqüentadores do estabelecimento, e acadêmicos de Enfermagem do 4º período da Universidade Estadual do Tocantins, no dia 18 de novembro de 2016 no período diurno. Os autores do projeto se responsabilizaram em levar diferentes espécies de plantas medicinais regionais, totalizando 19 espécies. O projeto foi desenvolvido nas seguintes etapas: Palestra sobre plantas medicinais, conhecimento empírico e crenças populares trazidas por curandeiros para fins terapêuticos; Troca de conhecimento e construção do saber de plantas medicinais entre idosos e acadêmicos; Construção da horta de plantas medicinais com material reciclável no quintal do CRAS e aplicação de um questionário para a equipe do CRAS, a fim de avaliar a contribuição do projeto para o estabelecimento e comunidade. Entre as espécies selecionadas, a Babosa (Aloe vera), conforme literatura específica, houve divergência de conhecimentos (empírico e científico) apenas na utilização oral da Babosa pra tratar “feridas estomacais”, uma vez, que a ingestão devido à presença de antraquinonas que é um estimulatório no intestino grosso pode provocar reflexos na musculatura uterina induzindo aborto, além de diarréia, cólicas, náuseas e consequentemente perda de eletrólitos o que resulta em disfunção cardíaca e neuromuscular, citado como um toxicante hepático. As demais espécies foram coerentes nos conhecimentos acerca da utilidade e formas de uso, totalizando 95% de coerência. Contudo, considerou-se de grande importância a troca de conhecimento para o resgate cultural do uso de plantas para fins terapêuticos, assim como o reconhecimento e valorização do conhecimento empírico no processo de cuidar.