Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título ADRENOLEUCODISTROFIA, A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DAS DOENÇAS RARAS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Autores
JÚLIO CÉSAR SILVA DE ANDRADE (Relator)
AMANDA MARIA ALBUQUERQUE DE AGUIAR
JULIANE KAROLAINE SILVA DE ANDRADE
Modalidade Pôster
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
A adrenoleucodistrofia(ALD) é uma doença rara que acomete o sistema nervoso central e as glândulas adrenais, sendo uma doença genética rara, grave e progressiva com padrão de herança ligado ao X, que consiste numa alteração do metabolismo dos peroxissomos, ocasionando um acúmulo de ácidos graxos de cadeia muito longa (AGCML) constituídos de 24 e 26 átomos de carbono no organismo sobre tudo no cérebro e nas glândulas adrenais. Tal acúmulo está associado à desmielinização dos axônios afetando a transmissão dos impulsos nervosos e a insuficiência adrenal. Afeta quase exclusivamente o sexo masculino com início dos sintomas entre 4 e 10 anos e incidência estimada de 1:20.000 homens. Objetivo: Revisar os aspectos Fisiológicos, Neurológicos e clínicos da ALD. Bem como suas técnicas diagnósticas e terapêuticas disponíveis para o prognóstico da equipe de enfermagem na atenção básica. Metodologia: A estratégia de busca abrangeu artigos em bases de dados de relatos de casos e seus aspectos relevantes disponíveis em artigos extraídos da internet. Resultados: A ALD é uma doença genética rara incluída no grupo das leucodistrofias e que afeta o cromossomo X, sendo uma herança ligada ao sexo de caráter recessivo transmitida por mulheres portadoras e que afeta fundamentalmente homens. O gene defeituoso é responsável pela codificação de uma enzima denominada ligase acilCoA gordurosa, que é encontrada na membrana dos peroxissomos e está relacionada ao transporte de ácidos graxos para o interior dessa estrutura celular, o gene ABCD1 defeituoso ocasiona uma mutação nessa enzima. As possibilidades de descendência a partir de uma mulher portadora da ALD são 25% de chance de nascer um filho normal; 25% de nascer um filho afetado; 25% de nascer uma filha normal; 25% de nascer uma filha portadora heterozigota. As chances de descendência para um homem afetado, se tiver filhas, serão todas portadoras da doença; e se tiver filhos, serão todos normais. Conclusão: A ALD é uma doença rara, neurodegenerativa, que necessita de diagnóstico precoce para um melhor prognóstico. Não existe uma terapia definitiva porem o tratamento com Óleo de Lorenzo tem obtido êxito associado a um acompanhamento multiprofissional. O enfermeiro habitualmente é um dos primeiros profissionais na assistência de enfermagem a entrar em contato com esses pacientes, devendo encaminhá-los precocemente para um diagnóstico prévio e acompanhá-los até fases mais avançadas onde a disfagia e a hipersalivação se faz presente.