Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título IMAGEM CORPORAL DE MULHERES MASTECTOMIZADAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Autores
THAÍS STERFFANNY SILVA CORDEIRO (Relator)
JOSÉ GUTEMBERG DA CONCEIÇÃO OLIVEIRA
CRISTIANE RODRIGUES DA SILVA MACHADO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A elaboração da imagem corporal pelas pessoas pode ser considerada um fenômeno multi-dimensional, pois envolve aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais, que afeta as emoções, pensamentos e o modo das pessoas relacionarem-se com os outros, influenciando intensamente a qualidade de vida delas. Objetivos: Compreender como a mastectomia interfere na aparência física e na elaboração da imagem corporal das mulheres. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura, abordando algumas mulheres mastectomizadas sobre sua imagem corporal. Resultados: Percebe-se que cada mulher reage a essas situações conforme sua imagem corporal anterior, relembrando que esta é construída em relação à história de vida, ao contexto social, econômico e familiar de cada uma. Pode-se observar nestas mulheres entrevistadas que a cirurgia exerceu impacto sobre as relações sociais, evidenciado pelo receio de causar estranheza e constrangimento e pela necessidade de disfarçar a ausência da mama, usando uma prótese ou realizando a reconstrução. Conclusão: Imagem corporal envolve, além da percepção e dos sentidos, as figurações e representações mentais que a pessoa tem dos outros e de si mesma, além de emoções e ações advindas da experiência do próprio corpo e do contato com a imagem corporal experiência da por outras pessoas; assim, a imagem corporal é uma construção dinâmica e intercambiável. Mulheres com o câncer de mama passam por reflexões e questionamentos sobre a vida pregressa e futura à doença que afetarão diretamente seu modo de vida e seu comportamento em relação à própria saúde. O processo que decorre do diagnóstico à intervenção cirúrgica e tratamentos adjuvantes fazem com que surjam mudanças acerca do relacionamento com o parceiro sexual e afetivo, familiares e amigos; confrontação de preconceitos e estigmas; vida sexual; autoimagem e autoestima; o medo da recorrência da doença; e possíveis quadros de ansiedade e depressão. A reconstrução é vista como uma possibilidade para retomar o corpo normal, sua feminilidade e sensualidade, e também favorecer as relações sociais. Referências: VIEIRA, E.M. Imagem corporal de mulheres com câncer de mama: uma revisão sistemática da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 16(5):2511-2522, 2011.