Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS ACOMPANHADOS OU NÃO POR CUIDADORES: UM ESTUDO COMPARATIVO
Autores
ANA CAMILA ARAUJO DE MEDEIROS (Relator)
FERNANDA TEIXEIRA DE SOUZA
MARIA JOSENILDA FÉLIX DE SOUSA ANTUNES
MATHEUS FIGUEIREDO NOGUEIRA
MABRINE MAYARA DA SILVA BRITO
MARIANA LICIA RAMOS DE ALENCAR
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O envelhecimento populacional configura-se como um evento constante, sem precedentes e mundial. Na medida em que a longevidade aumenta há uma tendência para a elevação do grau de dependência. As alterações e os efeitos deletérios que ocorrem com o envelhecimento exigem certo nível de cuidados permanentes, para que a qualidade de vida do individuo não seja afetada. É nesse contexto de cuidados permanentes que surge a figura do cuidador, o que gera a necessidade de investigar, quais as influências da presença ou não do cuidador na QV de idosos. Objetivo: Analisar comparativamente a percepção da qualidade de vida de idosos acompanhados ou não por cuidadores. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa tipo exploratório-observacional, de natureza quantitativa, realizada na microrregião do Curimataú Ocidental do estado da Paraíba. A amostra foi constituída por 444 idosos e os dados foram coletados por meio de dois instrumentos: o questionário sociodemográfico e o WHOQOL-Old, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande sob parecer nº 844.702. Resultados: Os resultados apontam uma maior a população de idosos sem cuidadores (60,1%); com maior evidência para o sexo feminino, casados, não alfabetizados e com renda menor ou igual a dois salários mínimos. Nas facetas que compõem o constructo qualidade de vida, destaca-se para os idosos com cuidadores a “Autonomia” (AUT) e “Morte e Morrer” (MEM), que obtiveram respectivamente o menor escore bruto (12,65) e o maior (14,71). Para os idosos sem cuidadores, a faceta “Participação Social” (PSO) obteve menor escore (14,21) e “Funcionamento Sensório” o maior (15,79), sendo de forma geral a QV global (Overall) melhor avaliada pelos idosos sem cuidadores. Conclusão: Nota-se, portanto, que o estudo traz importante reflexão para a necessidade de aperfeiçoamento das ações e serviços de saúde direcionados à população idosa, sobretudo pelas vertentes que compõem a QV. É urgente, pois, desenvolver estratégias em todos os níveis de atenção à saúde voltadas para a díade idoso-cuidador, bem como para os idosos que não possuem cuidadores, com o intuito de promover melhores níveis de qualidade de vida.