Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título ESTRATÉGIAS PARA HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO NO AMBIENTE HOSPITALAR
Autores
RENATA LACERDA MARQUES STEFAISK (Relator)
MÁRCIA FERNANDES MENDES ARAÚJO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O recente desenvolvimento científico e tecnológico na área da saúde gerou uma ampliação de saberes e técnicas, porém veio acompanhado do distanciamento entre cuidador e o ser cuidado, evidenciando a fragmentação e a verticalização presentes nesse campo. Faz-se necessário efetivar estratégias de humanização como o caminho para a transformação desse cuidado. O objetivo desse estudo é levantar e discutir as estratégias para promoção da humanização do cuidado no ambiente hospitalar descritas na literatura. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizado por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados LILACS, BDENF e BVS MS. Os critérios utilizados para a seleção de amostras foram: artigos publicados na íntegra em periódicos nacionais, publicados em língua portuguesa, inglesa e espanhola, entre os anos de 2010 e 2017 e que possuíssem como descritor e assunto principal “Humanização da Assistência”. Resultados: A amostra final contou com 23 publicações das quais emergiram 8 categorias temáticas que abordaram as estratégias de humanização no ambiente hospitalar, a saber: Política Nacional de Humanização enquanto ferramenta de direcionamento das ações de humanização; a importância dos espaços para discussão dos processos de trabalho em saúde; o impacto das condições ocupacionais na assistência prestada; valorização do acolhimento: momento de diálogo e construção de vínculo; aplicação do conceito de ambiência nas instituições de saúde; a importância da promoção da autonomia do usuário; valorização da visita aberta e direito a acompanhante e a Sistematização da Assistência de Enfermagem como ferramenta de humanização. Conclusão: Humanizar é uma ação multifacetada, complexa e gradativa, a qual deve transpor inúmeras barreiras, efetivando-se fundamentalmente por meio de uma ação coletiva, na qual o Estado, promova maiores investimentos na formação profissional e elabore e incentive políticas públicas de estímulo à humanização e a instituição de saúde se torne uma parceira, promovendo espaços que devem envolver os usuários e profissionais implicados no processo de cuidar. Acrescenta-se que, diante das diversas possibilidades descritas, a humanização não deve ser efetivada por meio de ações vagas, mas recriada e adaptada à rotina dos serviços de modo a aproximar a qualidade da assistência prestada ao patamar almejado por todos os brasileiros.