Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS NO BRASIL
Autores
IMNA SOUZA SILVA (Relator)
MARCELO FILIPE SILVA GUALBERTO
LARISSA CONCEIÇÃO DEVEZA
NAILZA DOROTÉA
ALINE DE ANDRADE SANTANA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no mundo e no Brasil. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, bilhões de pessoas já tiveram contado com vírus das hepatites e milhões são portadores crônicos. As hepatites virais têm grande importância pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas. Objetivo: Descrever o panorama epidemiológico no período de 1999 a 2015 e óbitos no período de 2000 a 2014, relacionados às Hepatites Virais no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa. Os dados foram extraídos do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, ano 2016. Resultados: De 1999 a 2015, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 514.678 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 161.605 (31,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 196.701 (38,2%) de hepatite B, 152.712 (29,7%) de hepatite C e 3.660 (0,7%) de hepatite D. No Brasil, a taxa de incidência de casos de hepatite A foi maior nos anos de 2004 e 2005. A taxa de detecção das hepatites B e C apresenta tendência de aumento, sendo que a hepatite B apresentou maiores taxas em relação à hepatite C em todo o período. As menores taxas são observadas para a hepatite D. De 2000 a 2014 foram identificados, no Brasil, pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), 56.335 óbitos associados às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Destes, 1,8% foram associados à hepatite viral A; 21,9% à hepatite B; 75,2% à hepatite C e 1,1% à hepatite D. Conclusão: As hepatites virais são importante problema de saúde pública e são um grande desafio, cujo comportamento epidemiológico, no nosso país e no mundo, tem sofrido grandes mudanças nos últimos anos. Para que se possa desenvolver normas adequadas de vigilância sanitária e viabilizar a diminuição da incidência, ou mesmo a erradicação das infecções, devem ser considerados os aspectos epidemiológicos e de prevenção, específicos para cada tipo de hepatite viral. É indispensável que haja a colaboração dos gestores de saúde, estaduais e municipais, profissionais de saúde, representantes da sociedade civil e aqueles que detêm o poder de comunicação. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico- Hepatite Virais. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Brasília- DF: Ministério da Saúde, Ano V, 2016.