Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título GESTANTES COM SÍFILIS NO BRASIL: PROGRESSÃO DA EPIDEMIA
Autores
NAILZA DOROTEA DA SILVA (Relator)
IMNA SOUZA SILVA
LARISSA CONCEIÇÃO DEVEZA
ALINE DE ANDRADE SANTANA
THAIS NOGUEIRA DE CARVALHO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A sífilis é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência (sífilis primária, secundária, latente e terciária). A sífilis congênita é consequente à infecção do feto pelo Treponema pallidum, por via placentária, em qualquer momento da gestação, podendo causar aborto, cegueira, deficiência mental e malformações no feto. É considerada infectada toda gestante que durante o pré-natal, no momento do parto ou curetagem apresente evidência clínica de sífilis. O objetivo deste trabalho foi descrever os casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita no Brasil, variando entre os anos de 2005 a junho de 2016. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo. Dados extraídos do Boletim Epidemiológico, volume 47, do Ministério da Saúde, ano 2016. Resultados: Verificou-se que, no período de 2005 a 2010, houve 39.789 casos de sífilis em gestante; e 36.000 casos de sífilis congênita. De 2011 a junho de 2016, observa-se um aumento significativo no número de casos de sífilis em gestantes em todo o país (129.757 casos). Entre de 2005 a junho de 2016, foram notificados 169.546 casos de sífilis em gestantes, dos quais 42,9% foram casos residentes na região Sudeste, 21,7% no Nordeste, 13,7% no Sul, 11,9% no Norte e 9,8% no Centro Oeste. No Brasil, em 2015 observou-se que 32,8% das gestantes com sífilis foram diagnosticadas no 3° trimestre de gestação, percentual maior na região Norte (49,7%). Nas regiões Sudeste e Sul, a maior parte das gestantes foi diagnosticada com sífilis no 1° trimestre da gestação – respectivamente 36,8% e 38,7%. Esses dados alertam acerca da situação diagnóstica da sífilis no Brasil, sendo possível perceber que há um crescimento progressivo da doença nas gestantes e seus filhos, através da transmissão vertical, além do diagnóstico tardio (terceiro trimestre) durante o pré-natal em alguns estados. Conclusão: A sífilis congênita é uma doença prevenível, a gestante infectada deve ser detectada e prontamente tratada, assim como o(s) seu(s) parceiro(s) sexual(is). Desta forma, é necessário que medidas de prevenção e tratamento de qualidade sejam melhoradas nas Unidades de Saúde do país, oferecendo a todas as gestantes uma assistência pré-natal adequada. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Brasília- DF: Ministério da Saúde, v. 47, n. 35, 2017.