Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título CARACTERIZAÇÃO DOS ÓBITOS MATERNOS NO MUNICÍPIO DE ARACAJU-SE NO PERÍODO DE 2009 A 2014
Autores
NEYANA MARIA COELHO DE SOUZA PRADO (Relator)
MAYARA MIRELLA MELO E SILVA SANTOS
ANA DORCAS DE MELO INAGAKI
CAÍQUE JORDAN NUNES RIBEIRO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A mortalidade materna é um indicador da qualidade do sistema de saúde de uma população. Dados da Organização Mundial da Saúde estimaram que em 2013 aproximadamente 289.000 mulheres em todo o mundo morreram vítimas de complicações ligadas ao ciclo gravídico-puerperal. Os índices mais elevados (99%) encontram-se nos países em desenvolvimento. O Brasil apresentou em 2010 uma razão de mortalidade materna de 66 óbitos por 100.000 nascidos vivos. Objetivos: caracterizar a assistência prestada no ciclo gravídico-puerperal, no município de Aracaju (SE) nos anos de 2009 a 2014. Método: estudo descritivo, longitudinal, retrospectivo de uma coorte de grupo único, realizado por meio de análise documental. Foram incluídos apenas os dados de óbitos maternos confirmados de 2009 a 2014. Para a coleta de dados, foram utilizadas as variáveis presentes na Ficha Síntese de Investigação do Óbito Materno do Ministério da Saúde. Resultados: Quanto aos antecedentes obstétricos observa-se expressiva proporção de primigestas 18 (36%), entretanto a maior parcela era multigestas 21 (42%) sendo que 14 (28%) tinham antecedentes de abortamento. No que tange aos dados da gestação atual 41 (82,0%) realizaram pré-natal, sendo que 23 (56,1%) iniciaram após o primeiro trimestre gestacional. Quanto ao número de consultas pré-natal 18 (43,9%) realizaram seis ou mais consultas. Entre as 41 que realizaram pré-natal 29 (70,7%) foram classificadas como de risco habitual. Em relação à ocasião do óbito 40 (80%) mulheres morreram no puerpério; oito (16%) após o abortamento e duas (4%) durante a gestação. A maioria 44 (88%) dessas mulheres foi assistida em instituições públicas. Entre as 40 mulheres que morreram no puerpério 25 (52%) estavam com suas gestações a termo. Seis (75%) faleceram por complicações do abortamento provocado. Em relação à classificação dos óbitos 35 (70%) foram classificados como obstétrico direto; 18 (36%) poderiam ter sido evitados. A maioria 44 (88%) das mulheres foi a óbito dentro do ambiente hospitalar, 13 (29,4) estavam em UTI materna. Conclusões: quanto ao momento do óbito, houve predominância de mortes no puerpério, abortos provocados, óbitos maternos obstétricos diretos e evitáveis. Referências: ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Mortalidad materna – datos y cifras. Nota descriptiva n. 348, mayo, 2014. Disponível em: < http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs348/es/>. Acesso em: 20 jun.