Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título CONSTRUINDO REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E REDUZINDO REINTERNAÇÕES DESNECESSÁRIAS
Autores
LUCIANO TEIXEIRA ROCHA (Relator)
MARIA DA GLORIA LOPES DOS SANTOS
ANALYANE CONCEIÇÃO SILVA DOS SANTOS
MIRIAN GRAYCE MOTTA GUIMARÃES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A melhoria da qualidade de vida e das respostas da biomedicina nos fez viver mais tempo que as gerações de nossos avós. O envelhecimento do nosso corpo propicia a instalação de doenças crônicas que geram perdas econômicas mundiais na ordem dos bilhões de dólares além dos gastos em saúde. Os hospitais e as práticas desenvolvidas nas suas entranhas são de longe a tecnologia mais cara do setor saúde. Uma das respostas sanitárias está baseada nos processos de desospitalização. Equipe de Apoio à Desospitalização e Educação em Saúde (EADES) do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) vem desde o ano de 2011 identificando nos setores de internação pacientes cujo perfil de adoecimento é indicativo de demandas de cuidado a serem continuadas pelas famílias e cuidadores em nível intradomiciliar e para eles constroem Redes de Atenção à Saúde (RAS) de referência individualizadas. Objetivo: Analisar o impacto que a organização das RAS feita pela EADES imprimiu no número de reinternações dos pacientes acompanhados de 2012 a 2015. Metodologia: Trata-se de estudo quantitativo comparativo sobre o número de reinternações ocorridas no HFB dos pacientes em acompanhamento pela EADES a partir dos dados disponibilizados nos relatórios de gestão da EADES. Resultados: A EADES acompanhou 174, 176, 198 e 214 pacientes no período pesquisado; totalizando 762. Para cada paciente foi organizada uma RAS composta de no mínimo 1 estabelecimento de saúde pública de referência externo ao HFB. No ano de 2012 houveram 6 reinternações. No ano de 2013 o número de reinternações teve um acréscimo de 50% totalizando 12 reinternações; todos eram portadores de câncer hematológico e eram referenciados ao serviço de Hematologia do HFB. No ano de 2014 o número de reinternações foi de apenas 4, uma redução em 60% comparando com o ano de 2013. No ano de 2015 foram 3 reinternações; uma redução em 25% comparativamente ao ano de 2014. Conclusão: Diante dos achados epidemiológicos é possível afirmar que a desospitalização em hospital geral pode ser considerada uma ferramenta de racionalização de uso do hospital e de seus recursos - humanos ou tecnológicos. Que uma boa construção de RAS garante o atendimento dos usuários do SUS nas esferas primárias e secundárias de atenção, racionalizando o uso da emergência do HFB. E que ela se dá de múltiplas maneiras ampliando nosso olhar sobre os sujeitos.