Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título REALIDADE DO TRABALHO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ-CE A VISÃO DO PRÓPRIO ACS
Autores
KARLEANDRO PEREIRA DO NASCIMENTO (Relator)
KAMILA ELEN ALVES NOGUEIRA
RAFHAEL FONSECA
THECIA LARISSA DA SILVA RIBEIRO
GISELLY HOLANDA DA CUNHA
PAULO JORGE DE OLIVEIRA FERREIRA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Trabalho, Ética e Legislação profissional
Tipo Pesquisa

Resumo
A formação histórica dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) é um processo que surgiu em séculos atrás, mas somente entre as décadas de 60 e 70 apareceram os primeiros profissionais dessa área no nosso país. Mesmo com décadas de existência foi apenas no ano de 2002 por meio da Lei 10.507 do Congresso Nacional que a profissão de ACS foi regulamentada. No Sistema de saúde brasileiro os ACS exercem importante papel no vínculo e na disseminação de informação importante para a população. Objetivou-se evidenciar o processo de trabalho dos ACS, confrontar o trabalho prescrito nos documentos oficiais do Ministério da Saúde (MS) com a realidade enfrentada e traçar o perfil sócio-demográfico desses profissionais. Trata-se de um estudo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Católica Rainha do Sertão com parecer nº 1.199.675. A população foi composta por 43 agentes comunitários que atuam em 9 equipes de saúde do município de Quixadá-Ce. A coleta de dados foi realizada entre os meses de agosto e setembro de 2015. A operacionalização da coleta consistiu na aplicação de um questionário no qual se registraram dados sociodemográficos e relacionados ao perfil profissional. Os dados foram armazenados no Excel, sendo processados no programa EPI INFO 7.0. Dentre os 109 agentes comunitários atuantes na zona urbana do município, participaram da pesquisa 43 ACS com prevalência do sexo feminino (n=36; 85,71%), a média de idade foi de 39,17 anos; 50% eram casados; 78,57% cursaram o ensino médio completo. A maior parte dos agentes (n=28; 70%) reconhecem seu trabalho como importante porque facilita a resolução dos problemas de saúde/doença das pessoas. Foi possível constatar que a imensa maioria dos ACS procuram outros setores do serviço público (n=35; 81,40%) e entidades, associações, sociedades (n=29; 67,44%) buscando resoluções para os problemas que as famílias acompanhadas enfrentam. 97,62% dos agentes procuram o enfermeiro da equipe em busca da resolução de problemas; 77,50% apontam a falta de insumos como dificuldade no trabalho. Conclui-se que o ACS têm um perfil profissional que condiz com o que foi estabelecido pela lei que regulamenta a sua profissão. Percebe-se ainda a necessidade de oferecer aos ACS cursos de capacitação que auxiliem no desenvolvimento de suas competências, pois eles desempenham um papel relevante dentro da ESF, sendo esses profissionais o principal elo entre o serviço e os usuários.