Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS: REVISÃO NARRATIVA
Autores
CAUANE CRISTINA MARCELIANO (Relator)
CAUANE CRISTINA MARCELIANO
EDUARDA TANAKA SPERANDIO
EDIRLEI MACHADO DOS SANTOS
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
As enteroparasitoses são consideradas um problema de saúde pública no Brasil e, habitualmente, estão associadas ao baixo nível socioeconômico da população. A população infantil é a mais afetada com elevadas incidências de enteroparasitoses, especialmente, em crianças até 5 anos de idade, em razão dos hábitos higiênicos precários, da ausência de imunidade à infecções e reinfecções e da dependência de cuidados alheios. Em 2005, foi elaborado pelo Ministério da Saúde um plano nacional de vigilância e controle dos enteroparasitos, baseado na prevalência, na morbidade e mortalidade e no número elevado de infecções por parasitos, visando criar planos estratégicos para seu combate e controle. Tal estudo visa identificar a distribuição das principais enteroparasitoses em suas causas em crianças no Brasil. Trata-se de um estudo de revisão narrativa sendo os dados coletados nas bases de dados Lilacs, Bdenf, SCiElo, a partir do uso dos seguintes descritores: criança, parasitos e prevalência, no período compreendido entre janeiro de 2007 e janeiro de 2017. Nove artigos, nos estudos selecionados, sendo que apenas seis foram utilizados, tendo como critério para escolha estarem na integra. Nota-se que a prevalência de enteroparasitoses varia de acordo com fatores relacionados ao ambiente e à população exposta, o que explica as variações encontradas nos diversos estudos. Quanto à distribuição total dos enteroparasitos em crianças, no país, destacou-se a prevalência de: Entamoeba coli, Giardia duodenalis, Entamoeba histolytica/dispar , Trichuris trichiura , Ascaris lumbricoides , Enterobius vermicularis , Taenia sp. , Hymenolepis sp. , Ancylostoma e Hymenolepis nanna . Observou-se a falta de informação da população acerca da doença, o encontro de Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia são indicadores de baixas condições de higiene da criança, bem como possível ingestão de água não filtrada. É importante ressaltar que a transmissão de parasitoses intestinais entre crianças em ambientes coletivos dá-se facilmente, no qual se pode relacionar o aparecimento dessas espécies associadas ou não. Portanto, a partir dos achados da presente revisão aponta-se para a necessidade de que as pessoas que cuidam das crianças sejam capazes de promover ações que visem a prevenção das parasitoses e o diagnóstico precoce das mesmas.