Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FORTALECIMENTO DE MULHERES AFRODESCENDENTES DE UM QUILOMBO
Autores
HELIOSANIA CLINGEA FONTES SOBRAL (Relator)
ANDREIA POSCHI BARBOSA TORALES
CRISTIANE COSTA DA CUNHA OLIVEIRA
TATYANE ANDRADE DOS SANTOS
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: Diversas iniquidades e patologias como câncer assolam as comunidades, despertando olhar de pesquisadores para contribuições com Políticas Nacionais de Saúde Integral de vários segmentos das Populações. Objetivo: Conscientizar as mulheres afrodescendentes sobre a importância da prevenção do câncer do colo do útero, mamário e bucal na Comunidade Patioba-Japaratuba-Sergipe. Metodologia: Intervenção realizada em 2016,sob aprovação do CEP-UNIT-SE nº1.236.899 com a participação de 43 mulheres quilombolas e profissionais da educação, enfermagem, odontologia e psicologia com ações direcionadas ao desenvolvimento do autocuidado em relação ao exame das mamas, boca e para realização do exame Papanicolau. O encontro foi iniciado com exposição de conteúdos sobre saúde da população afrodescendente, sistemas de saúde, e câncer. Discutiu-se conteúdos referentes a promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer através de palestra, simulação em maquetes e vídeos educativos. Resultados: As políticas públicas de saúde dispõem propostas adequadas para o cuidado de saúde dos povos afrodescendentes, entretanto o contato na comunidade permitiu verificar fragilidades quanto ao conhecimento de patologias, autocuidado e falhas na execução das políticas públicas de saúde na comunidade instigando aos pesquisadores a intervir com educação em saúde. Verificou-se que as participantes não sabiam realizar o autoexame das mamas, não tinham informação a cuidados relacionado a saúde da boca, e não realizavam com frequência o exame preventivo Papanicolau. Conclusão: Considerando a estimativa de incidência de 20 mil casos novos de câncer em até 2025, sugerindo que as metas das políticas de saúde necessitam atingir maior plenitude quanto ao controle e prevenção dessas patologias, estratégias em saúde são necessárias para fortalecer empoderar as mulheres à co-responsabilização do autocuidado com a saúde. A experiência foi positiva e vínculos entre população e profissionais pesquisadores foram formados para prevenção de agravos a saúde. Referências:BRASIL. I.N.C.A. Estimativa 2016 – Incidência de Câncer no Brasil. 2016.Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – Rio de Janeiro, 2015. VIEIRA, A.B.D.; MONTEIRO, P.S. Comunidade quilombola: análise do problema persistente do acesso à saúde, sob o enfoque da Bioética de Intervenção. Saúde em Debate. Rio de Janeiro, v. 37, n. 99, p. 610-618, out/dez 2013.