Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título O SIGNIFICADO DA TUBERCULOSE PULMONAR PARA A PESSOA QUE ADOECE E SEUS COMUNICANTES
Autores
EDIRLEI MACHADO DOS SANTOS (Relator)
CARLOS SERGIO BARBOSA DE SOUZA
PATRÍCIA DA SILVA PIRES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
A tuberculose ainda se constitui como problema de saúde pública no Brasil e tem sido negligenciada no âmbito dos serviços de saúde. A presente pesquisa teve como objetivos: identificar o significado da tuberculose pulmonar para a pessoa que adoece e os familiares que convivem com a pessoa adoecida e; analisar as percepções dos usuários adoecidos com tuberculose e os seus comunicantes sobre a atenção dispensada pelos serviços de saúde. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa do tipo descritivo e exploratório. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo Temática. A partir da identificação de unidades de registro e dos núcleos de sentido, foram depreendidas duas categorias de análise: 1) A representação da tuberculose pulmonar para o doente e para seus comunicantes e; 2) A atenção dispensada pelos serviços de saúde. Os participantes da pesquisa significaram a tuberculose à imagem que a pessoa adoecida apresenta com seu aspecto deteriorado; o medo acerca da transmissão da doença e; a sua relação com a morte. Em relação ao modo como percebem os serviços de saúde acerca da atenção dispensada para o manejo e controle da doença, observou-se a presença discreta, nas falas, das equipes de Atenção Primária à Saúde e a valorização do atendimento dispensado pelo centro de Referência em Tuberculose, com destaque ao acolhimento e vínculo presentes na relação usuários-profissionais de saúde, como elementos contributivos ao processo de cura. Os dados da pesquisa apontam para a necessidade de descentralização das ações de controle da tuberculose às equipes de Atenção Primária à Saúde e, concomitantemente potencializar os serviços para a desconstrução do estigma social ainda presente, em que usuários adoecidos e comunicantes ainda se esbarram.