Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título ANÁLISE DOS SINTOMAS CLIMATÉRICOS FÍSICOS EM MULHERES CARDIOPATAS
Autores
BRUNA DA SILVA OLIVEIRA (Relator)
JOSILMA SILVA NOGUEIRA
JOSEILDES CASTELO BRANCO SOUSA
PATRÍCIA RIBEIRO AZEVEDO
MARLI VILLELA MAMEDE
LÍSCIA DIVANA CARVALHO SILVA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: O declínio estrogênico no climatério, que ocorre geralmente na faixa dos 40 a 65 anos, pode gerar diversos sintomas. Essa sintomatologia está relacionada não somente aos níveis hormonais basais de cada mulher, mas aos aspectos étnicos, culturais, sociais e psicológicos. Mulheres que compreendem o climatério como um período fisiológico podem passar por ele como qualquer outra etapa da vida, porém essa situação pode ser agravada pela ameaça de uma doença pré-existente, como a doença cardíaca. Objetivos: Investigar os sintomas climatéricos físicos em mulheres cardiopatas. Metodologia: Estudo de abordagem quantitativa, realizado no Ambulatório de Cardiologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Os critérios de inclusão foram mulheres acima de 40 anos, portadoras de cardiopatias e que apresentavam sintomas climatéricos segundo a Escala de Avaliação da Menopausa. A amostra foi constituída por 221 mulheres climatéricas cardiopatas. Respeitou-se todos os princípios éticos para a pesquisa, sendo um subprojeto que recebeu aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto sob o nº 293.900/ 2013. Resultados: A maioria das mulheres estava na faixa de 47 a 60 anos (63,7%), média de 54,8 anos, cor branca (60,6%), união estável (49,8%), ensino fundamental completo (12,7%), procedentes da capital (40,7%) e portadoras de doença coronariana (30,8%). Os sintomas climatéricos físicos mais frequentes foram os fenômenos vasomotores (91%), problemas musculares e nas articulações (85,5%) e queixas cardíacas (84,6%); outros sintomas menos frequentes foram às queixas urinárias, queixas vaginais e os problemas sexuais. Encontrou-se associação significativa entre problemas sexuais e o estado civil (p= 0,008) e entre as queixas urinárias e a cardiopatia (p= 0,002). Conclusão: As mulheres cardiopatas apresentaram prevalência alta de sintomas climatéricos, demonstrando que essa fase da vida da mulher é impregnada de sintomatologia com sugestiva inter-relação entre os próprios sintomas e a doença cardíaca. A mulher que vivencia essa fase necessita de uma atenção mais qualificada e mais próxima das suas necessidades. Referências: SANTOS, T. R. dos; PEREIRA, S. V. M.; SANTOS, R. L. Intensidade da sintomatologia climatérica em mulheres pós-menopausa. Rev. RENE, v. 17, n. 2, p. 225-232, 2016.; FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (FEBRASGO). Manual de Orientação Climatério. São Paulo, 2010.