Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E O CUIDADO COMPARTILHADO ENTRE ADOLESCENTES GRÁVIDAS E SUAS MÃES
Autores
CRISTINNA GARIBALDE DA FONSECA ROCHA BARBOSA (Relator)
ROSE DANIELLE DE CARVALHO BATISTA
GABRYELLA GARIBALDE SANTANA RESENDE
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: A Estratégia Saúde da Família (ESF) enquanto reorganizadora do cuidado na Atenção Básica traz em suas práticas o acesso e a vinculação necessários para a construção de novos modos de cuidado pautados em necessidades sociais e culturais do território. Dessa forma, refletindo o perfil peculiar de gravidez no município associado às limitações em função da baixa faixa etária e da imaturidade cognitiva e psicológica das adolescentes, percebeu-se a necessidade de escuta e atenção compartilhada entre mães e filhas, potencializando a assistência no contexto familiar. OBJETIVO: Relatar atividades educativas da ESF com adolescentes grávidas e suas mães a partir de vivências em rodas de conversas e visitas domiciliares. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência de ações desenvolvidas pela ESF em parceria com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), com adolescentes grávidas e suas respectivas mães, no município de Bertolínia-PI. As atividades ocorreram no período de março a novembro de 2015, a partir de rodas de conversas e visitas domiciliares previamente agendadas. Foram realizadas um total de 9 rodas de conversa (uma a cada mês) nas UBS, com participação da enfermeira, técnica de Enfermagem, psicóloga e média de 20 participantes. Concomitante, foi também realizada uma visita/mês a cada adolescente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nas rodas de conversa havia apresentação das participantes e sensibilização a respeito do vínculo mãe/filha e da temática em questão. Em seguida, após o relato das vivências de mães e filhas eram feitas orientações acerca do cuidado básico para prevenção de outra gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), bem como o fomento ao diálogo e ao reconhecimento da mudança comportamental das adolescentes nos dias atuais. Durante os relatos eram anotadas as particularidades de cada caso para elaboração do roteiro de visitas domiciliares – momento posterior às rodas. Nas visitas orientava-se acerca dos contraceptivos, da responsabilidade em relação ao ato sexual e suas consequências e conciliação familiar. CONCLUSÃO: A experiência possibilitou ampliação do vínculo familiar, como também impactou na redução de gravidez na adolescência e de gravidez em adolescentes menores de 15 anos no município, uma vez que o trabalho em conjunto com as mães despertou a necessidade do cuidado preventivo e da desmistificação de que o diálogo em família predisporia à iniciação precoce da vida sexual.