Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título ALEITAMENTO MATERNO: UMA ABORDAGEM SOBRE O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ALOJAMENTO CONJUNTO
Autores
TARCIA MILLENE DE ALMEIDA COSTA BARRETO (Relator)
DANIEL GUIMARÃES DA SILVA
KARINA BRASIL WANDERLEY
FABRICIO BARRETO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
O aleitamento materno (AM) vem sendo amplamente discutido nos últimos anos, devido a seus impactos na saúde da criança e da mãe e em suas consequências para a saúde pública em geral. Como preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o AM deve ser iniciado ainda na primeira hora após o parto, e toda a equipe deve estar devidamente capacitada para prestar tais orientações as mães e acompanhantes. Neste aspecto o enfermeiro é de extrema importância, pois é o profissional que tem contato direto e contínuo com as mães e bebês dentro da maternidade, cabendo ao mesmo estar preparado para possíveis intercorrências junto ao binômio mãe-bebê. Diante disto o objetivo deste trabalho foi avaliar a percepção, conhecimento e rotina dos profissionais de enfermagem em relação ao AM em uma unidade de alojamento conjunto de um hospital materno infantil com o selo amigo da criança. No que tange a metodologia, trata-se de um estudo exploratório, de caráter descritivo, com abordagem qualitativa, realizada em um hospital materno infantil de referência no estado de Roraima. A coleta de dados se deu através entrevista semiestruturada, dividido em duas partes, sendo os dados socioeconômicos do profissional e questões relativas ao objeto do estudo, utilizou-se de técnica de analise de conteúdo, tendo sido as entrevistas gravadas e em seguida transcritas na integra. Quanto às questões éticas destacamos que a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Quanto aos resultados observamos que apesar de a unidade oferecer capacitação nem todos a realizaram. Afirmaram possuir uma rotina do profissional pesada em trâmites burocráticos, o que compromete o contato com a paciente. Identificamos também uma dependência dos enfermeiros para com o fonoaudiólogo, onde repassam toda e qualquer demanda que diga respeito ao manejo do AM, sendo que tal conduta só seria necessária em casos de dificuldades de sucção. Concluímos que o profissional enfermeiro não vem realizando, de maneira satisfatória, a assistência ao AM em unidade de alojamento conjunto, tanto por falta de conhecimento, quanto por sobrecarga na rotina diária. Destacamos que este déficit no manejo clínico do AM compromete significativamente o sucesso da amamentação exclusiva, haja vista que por falta de orientação e apoio profissional muitas mulheres podem ceder as dificuldades do processo inicial de amamentação acarretando desmame precoce.